Crescimento Inicial de Genótipos Pertencente ao Complexo Saccharum em Resposta a Inoculação da Bactéria Diazotrófica Nitrospirillum Amazonense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Alex Paulo Lemos da lattes
Orientador(a): Reis, Veronica Massena lattes
Banca de defesa: Reis, Veronica Massena lattes, Alves, Bruno José Rodrigues lattes, Santos, Leandro Azevedo lattes, Rosa, Raul Castro Carriello lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20235
Resumo: A produção de açúcar e álcool no Brasil advém do plantio de híbridos oriundos do cruzamento de espécies pertencentes ao Complexo Saccharum. Estes genótipos, usados para o cruzamento de híbridos comerciais de cana, também pode assumir papel importante na geração de energia e biocombustíveis. Entretanto, pouco se sabe sobre a resposta de crescimento quando inoculados com a estirpe de bactéria diazotrofica Nitrospirillum amazonense hoje recomendada no Brasil como inoculante de cana de açúcar. Este trabalho teve o objetivo de avaliar o crescimento inicial de 12 genótipos de cana inoculados ou não com uma estirpe de N. amazonense. Os genótipos testados foram: Miscanthus Figi 10; S. arundinaceus IJ76-364; S. officinarum IJ76470 e Hinahina; o híbrido SP791011; S. robustum US760414; S. spontaneum US72-1319, Arundinoid B, CPDAU849678, NG77-042, NG77-122; e Sacharum sp. Q45416. Dois experimentos foram conduzidos em casa de vegetação em delineamento em blocos casualisados com ou sem a inoculação da bactéria e seis repetições. Foram utilizados vasos de contendo 3 kg em substrato areia:solo peneirado na proporção de 2:1 (v/v) contendo duas plantas por vaso. A inoculação foi realizada pela imersão de toletes em solução diluída em água destilada 1:100 (v/v) do inoculante imobilizado em turfa por 30 minutos antes do plantio. O tratamento controle foi imerso em água destilada durante o tempo de inoculação. Os experimentos foram avaliados semanalmente quanto ao número de folhas, diâmetro e comprimento da parte aérea. Aos 109 dias foi coletada uma planta por vaso e avaliado o perfilhamento, a área foliar e a massa fresca e seca de raízes, caules, folhas e toletes. A análise tecidual de macroelementos e teor de 15N nas diferentes partes foi realizado na coleta final. Estes parâmetros foram submetidos à análise de variância e o teste F (p < 0.05%) para separação das médias. Usando biometria e o acúmulo de biomassa foi observado que o crescimento inicial foi maior nas plantas inoculadas em nove genótipos, sendo que dois não responderam à aplicação e apenas um genótipo reduziu o crescimento nas duas coletas realizadas. Entre as espécies avaliadas, os seis genótipos de S. spontaneum responderam positivamente à inoculação e o inverso ocorreu com S. officinarum, onde apenas um genótipo respondeu positivo e em apenas dois parâmetros. O genótipo de Sacharum sp, Q45416, reduziu o crescimento das plantas inoculadas. O ganho de massa fresca e seca ao final do ensaio apresentou outro perfil de resposta, sendo positivo apenas para o genótipo US72-1319, CPDau 849678 e NG77-122, todos pertencentes a espécie S. spontaneum e o Miscanthus Figi 10 e negativo para Q45416. Quanto ao acúmulo de macronutrientes, fósforo foi o que mais diferiu entre os genótipos seguido de cálcio. Dentre os 12 genótipos testados, S. spontaneum US72-1319, acumula mais nutrientes especialmente N quando inoculado, sendo considerado responsivo à aplicação da bactéria BR11145.