Matéria orgânica e atributos edáficos de agregados em áreas de sistemas plantio direto no Cerrado mineiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pinto, Luiz Alberto da Silva Rodrigues lattes
Orientador(a): Pereira, Marcos Gervasio lattes
Banca de defesa: Pereira, Marcos Gervasio, Lima, Erica Souto Abreu, Melo, Thadeu Rodrigues de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10594
Resumo: A mensuração do impacto da mudança das formas de uso e manejo da terra ao longo do tempo tem sido avaliada a partir de indicadores de qualidade do solo. Dentre eles, destacam-se a agregação (estabilidade, gênese ou vias de formação) e matéria orgânica do solo (MOS) (acúmulo, proteção ou frações). O presente trabalho foi dividido em 2 capítulos com diferentes objetivos, a saber: capitulo I, avaliar i) a influência do sistema de manejo do solo na estabilidade dos agregados e a proporção da agregação biogênica; e ii) as possíveis associações entre as vias de formação dos agregados e a dinâmica da matéria orgânica do solo; e o capítulo II, identificar i) a contribuição de diferentes plantas de coberturas utilizadas em sistema plantio direto (SPD) na agregação biogênica; e ii) a influência da formação dos agregados na compartimentalização da matéria orgânica do solo. No capítulo I, foram avaliadas três áreas manejadas (sistemas de manejo) e uma área de referência sem ação antrópica, totalizando quatro diferentes áreas amostrais: SPD com 6 anos (SPD6), SPD com18 anos (SPD18), sistema plantio convencional com 20 anos (SPC20) e uma área de Cerrado (AC). Para o capítulo II, avaliaram-se duas áreas manejadas sob SPD com diferentes tempos de implantação (6 e 18 anos, SPD6 e SPD18 respectivamente) e coberturas vegetais, configurando seis áreas amostrais: SPD6, milheto (SPD6MI); SPD6, braquiária (SPD6BR); SPD6, crotalária (SPD6CR); SPD18, milheto (SPD18MI); SPD18, braquiária (SPD18BR); SPD18, e crotalária (SPD18CR). Em cada área amostral foram coletadas cinco pseudorepetições (torrões) nas camadas de 0,00-0,05 e 0,05-0,10 m de profundidade. Após a coleta as amostras foram secas ao ar e posteriormente submetidas a peneiramento utilizando um conjunto de peneiras de 9,7 e 8,0 mm de malha, sendo selecionados somente os agregados retidos nesse intervalo. Nestes quantificou-se o percentual de cada tipo de agregado a partir da identificação e separação deles em fisiogênicos e biogênicos. Posteriormente foram realizadas as análises de carbono orgânico total e os fracionamentos da matéria orgânica do solo: químico (fração ácido fúlvico, ácido húmico e humina), físico granulométrico (carbono orgânico particulado e associado aos minerais) e físico densimétrico (carbono da fração leve-livre). Concluiu-se no primeiro capítulo, que o menor revolvimento do solo em sistemas agrícolas conservacionistas (sistema plantio direto) favorece a agregação biogênica e que agregados biogênicos afetam a dinâmica da MOS, promovendo a proteção e estabilização, e consequentemente, o acúmulo das diferentes frações da MOS. No segundo capítulo, constatou-se que o uso de gramíneas, em especial as braquiárias, como plantas de cobertura em sistema plantio direto após 6 e 18 anos de adoção favorece a formação de agregados da via biogênica e os mesmos alteram a compartimentalização da MOS, sendo mais influenciados e beneficiados pelos mecanismos de estabilização das diferentes frações do material orgânico.