Variabilidade genética, morfométrica e germinativa em populações de Schizolobium parahyba (Vell.) Blake

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Freire, Juliana Müller lattes
Orientador(a): Piña-rodrigues, Fatima Conceição Márquez lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11215
Resumo: Os objetivos deste estudo foram estimar o nível e a distribuição da variação genética entre e dentro de cinco populações de Schizolobium parahyba (guapuruvu), analisar a diversidade morfométrica e a dormência de sementes considerando duas populações desta espécie. As populações estudadas estão localizadas na região litorânea e serrana do sul do Estado do Rio de Janeiro. A análise genética foi realizada utilizando-se marcadores RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA) que resultou na estimativa de similaridade dos genótipos, indicando a distância genética entre indivíduos e entre as populações. A análise morfométrica foi realizada em sementes colhidas em duas populações, tendo sido avaliadas: largura, comprimento, espessura e peso das sementes. No estudo de germinação foi avaliado o nível de dormência das sementes, comparando matrizes de duas populações. Foram calculados a porcentagem de germinação, Índice de Velocidade de Germinação (IVG), número de plântulas normais e anormais, Índice de Velocidade de Emergência (IVE) e mortalidade. A diferença entre tratamentos e locais foi feita através da ANOVA. A proporção de locos polimórficos foi de 97%, valor considerado compatível para uma espécie de ampla distribuição geográfica. Da variação genética total observada, 89% ocorreu dentro das populações e 11% entre as populações, indicando um baixo nível de diferenciação entre as populações. A estimativa de fluxo gênico entre populações (NM) foi alto, alcançando 3,18 migrantes por geração. Não foi encontrada correlação entre distância genética e geográfica (r=0,036), evidenciando a falta de estruturação espacial da espécie. A diversidade morfométrica indicou diferença significativa entre matrizes de uma mesma região para todas as variáveis morfométricas analisadas. As matrizes de Miguel Pereira apresentaram maior tamanho de semente do que as de Paraty, sendo esta diferença significativa para todas as variáveis, exceto comprimento. A maior variação no tamanho da semente ocorreu a nível intra-populacional, sendo significativo para todas as variáveis. O comprimento respondeu com 60.87% da variação total do tamanho da semente, seguido da largura (26,58%) e da espessura (11.193%). A análise de agrupamento permitiu a formação de quatro grupos, não sendo possível associá-los à região de origem. A distância morfométrica e genética aparentemente não apresentaram correlação. O nível de dormência das sementes variou entre e dentro de populações. Paraty apresentou maior diferença entre os tratamentos (sementes escarificadas e não escarificadas), evidenciando seu maior grau de dormência. Os parâmetros que melhor expressaram a dormência foram o Índice de Velocidade de Germinação e a taxa de mortalidade. As sementes não escarificadas de Miguel Pereira se mostraram superiores as de Paraty em praticamente todos os parâmetros germinativos. Não houve correlação entre as variáveis morfométricas e germinativas. Houve alta mortalidade das sementes por fungos, principalmente em relação às sementes escarificadas. A influência dos fatores bióticos e abióticos (precipitação) no comportamento germinativo são discutidos com base nos resultados obtidos e observações de campo.