Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Vasconcellos, Ruan Managna
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Orientador(a): |
Araújo, Francisco Gerson
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10879
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Resumo: |
Variações espaciais e temporais (sazonais, diurnais e por horário) na composição e estrutura das assembléias de peixes das praias do Flamengo (22º55 S e 43º10 W - protegida) e de Grumari (23º03 S e 43º32 W - exposta) foram descritas com base em 384 arrastos realizados trimestralmente ao longo de ciclos de quarenta e oito horas para coleta de peixes e tomada de variáveis ambientais. Objetivou-se testar a hipótese de que o grau de exposição às ondas influencia na estruturação das comunidades de peixes jovens das praias arenosas, sendo inversamente relacionado com a riqueza e abundância (número e biomassa) das comunidades e que as comunidades são moduladas e alteram suas composições ao longo do eixo temporal (sazonal, diurnal e horário) visando a otimização no uso dos recursos disponíveis. Setenta e seis espécies representando trinta e seis famílias foram coletadas entre Julho/2005 e Abril/2006, sendo em sua grande maioria, peixes juvenis ou de pequeno porte. Apenas sete espécies perfizeram 95,14% em número de indivíduos capturados (Harengula clupeola, Trachinotus carolinus, Atherinella brasiliensis, Trachinotus goodei, Pomatomus saltatrix, Sardinella janeiro e Umbrina coroides) e 9 constituíram 89,49% do total da biomassa (H. clupeola, P. saltatrix, T. carolinus, A. brasiliensis, Micropogonias furnieri, T. goodei, S. janeiro, Eucinostomus argenteus e Diplodus argenteus argenteus). H. clupeola foi a espécie mais abundante em número e biomassa. Sessenta e duas espécies contribuíram com menos de 0,1% da abundância total em número, e 67 com menos de 0,1% da biomassa. A abundância relativa (número e biomassa), riqueza e índices de diversidades (H´, D, S e J) foram maiores na praia menos exposta às ondas confirmando a hipótese de que praias mais abrigadas apresentam maior riqueza e abundância do que praias com mais elevado grau de exposição. Na Primavera foram registradas as maiores abundâncias em ambas as praias, quando a salinidade e condutividade foram mais baixas e os valores de temperatura e oxigênio dissolvido intermediários. Em geral, não se registrou padrões de variação entre os turnos dia/noite, embora alguma tendência de maiores abundâncias durante o dia tenha sido detectada. O horário antes do amanhecer apresentou maiores abundâncias na praia do Flamengo, e depois do amanhecer e antes do pico da tarde, para a praia de Grumari. Distribuições das freqüências de comprimento indicaram que várias espécies utilizam essas áreas ao longo do ano, enquanto outras utilizam apenas em parte do ciclo de vida, e que as variações diurnais e por horário nestas praias arenosas são espécie-específicas, podendo variar entre as diferentes praias para uma mesma espécie, uma indicação de que tais fatores são utilizados estrategicamente para coexistirem nestes ambientes. |