Aspectos químicos e biotecnológicos das folhas de três cultivares de Ipomoea batatas L. Lam. (Convolvulaceae) potencialmente úteis em fitocosmética capilar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Oliveira, Luciana Santos de lattes
Orientador(a): Lage , Celso Luiz Salgueiro lattes
Banca de defesa: Menezes, Eurípedes Barsanulfo, Moura, Mirian Ribeiro Leite, Costa, Sônia Soares, Racca Filho, Francisco
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13544
Resumo: Ipomoea batatas (L.) Lam. conhecida como batata-doce, pertence à família Convolvulaceae. O gênero Ipomoea é o mais importante em expressão econômica na agricultura e compreende aproximadamente 700 espécies. A batata doce está entre as culturas de maior importância do mundo. Ela ocupa o quinto lugar em produção anual (mais de 133 milhões de toneladas), sendo superada pelo arroz, trigo, milho e mandioca. É a quarta hortaliça mais consumida no Brasil. As folhas de batata doce são largamente utilizadas pela comunidade de Nova Iguaçu – RJ e Itaboraí – RJ, sob a forma de xampu contra queda de cabelo (anti-queda). Tendo em vista o potencial de I. batatas como fitocosmético, esta dissertação tem como objetivo estudar as técnicas para propagação in vitro da espécie I. batatas, avaliar seu perfil químico por cromatografia de alta eficiência acoplada à espectrometria de ultravioleta (CLAE-UV), a atividade antioxidante e toxicidade de suas folhas. Para o desenvolvimento dos experimentos foram utilizados extratos alcoólicos e hidroalcoólicos de folhas frescas e secas. Na propagação vegetativa in vitro foram utilizadas como doadoras de explante as cultivares Rosinha de Verdan, Cenoura (IAPAR 69) e Capivara. O perfil químico dos extratos foi determinado com base na técnica de CLAE-UV. Foi possível avaliar e comparar o perfil químico dos extratos de folhas frescas e secas das plantas doadoras de explante e clones de I. batatas. Utilizou-se para a avaliação da atividade antioxidante de matrizes e clones o método fotocolorimétrico que emprega o radical livre estável 1,1-difenil-2-picrilidrazila (DPPH). A avaliação de toxicidade de extrato de folhas de matrizes e clones foi realizada em células RAW 264.7 com amostras liofilizadas e ressuspendidas em dimetilsulfóxido. O xampu piloto foi desenvolvido a partir de extrato de folhas frescas da cultivar Rosinha. Neste estudo o extrato hidroalcoólico (folhas frescas), foi o que apresentou melhores resultados. O clone da cultivar Rosinha apresentou melhor resultado na aclimatação em campo. A espécie em estudo apresentou grande potencial antioxidante em média e alta concentração. Os ácidos caféico e clorogênico foram identificados por CLAE, confirmando brévios relatos de ocorrência desses ácidos fenólicos em folhas de batata-doce. O extrato da cultivar Rosinha (folhas frescas) utilizado no preparo do xampu anti-queda não apresentou citotoxicidade na concentração de 20 µg/mL. O xampu apresentou resultados positivos nos voluntários. Este estudo permitiu concluir que a espécie em estudo possui potencial e deve ser alvo de futuras pesquisas visando o desenvolvimento de um produto fitocosmético capilar