Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Maia, Tatiana Faria
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Orientador(a): |
Fraga, Marcelo Elias
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Banca de defesa: |
Macrae, Andrew,
Freitas-Silva, Otoniel |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13536
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Resumo: |
O Brasil é o país com a maior diversidade biológica, apresentando a mais vasta biota continental da Terra. A Mata Atlântica corresponde a uma área de 13% do território brasileiro, abrigando uma grande parcela desta diversidade. Os fungos são organismos extremamente importantes para o funcionamento desses ecossistemas. Dos fungos comumente isolados do solo destaca-se as espécies de Aspergillus. Os integrantes da seção Nigri estão entre os mais importantes dentro do gênero Aspergillus pois são cosmopolitas e apresentam potencial econômico e biotecnológico. Sua identificação é considerada difícil e complexa devido à alta diversidade genética. Portanto, a taxonomia de Aspergillus seção Nigri tem sido investigada utilizando dados morfológicos, bioquímicos e moleculares. Algumas espécies são responsáveis por causar a deterioração de alimentos e produção de micotoxinas, no entanto, outras são produtoras de importantes ácidos orgânicos, antibióticos e enzimas extracelulares. Dentre as enzimas produzidas por estes fungos podemos citar as celulases, amilases, peptidases, fitase e pectinase que apresentam aplicação nos diversos setores industriais, tais como, indústria têxtil, de alimentos e bebidas, agroindústria de alimentação animal, silagem e farmacêutica. O objetivo foi identificar espécies de Aspergillus seção Nigri isoladas de serrapilheira e solo através da caracterização morfológica, bioquímica e molecular, bem como avaliar o potencial enzimático desses isolados. Para este estudo foram coletadas 198 amostras de serrapilheira e solo (profundidades 0 a 5 e 5 a 10 cm) durante os dois períodos, chuvoso e seco do Bioma Mata Atlântica pertencente ao Estado de Minas Gerais. O isolamento foi realizado em meio DRBC por 7 dias a 25 °C. Após o isolamento, 42 Aspergillus negros foram identificados utilizando critérios macroscópicos e microscópicos em CYA 25 e 37 ºC, MEA 15, 25, 33, 36 e 40 ºC, por um período de 10 dias. Para a análise bioquímica utilizou-se CREA, MEA-Boscalide, por um período de 7 dias a 25 ºC, e Teste de Ehrlich. A análise molecular foi realizada através do seqüenciamento das regiões ITS1 e ITS4. O potencial enzimático foi avaliado através do índice enzimático, um parâmetro semiquantitativo usado para avaliar a produção das enzimas hidrolíticas pelos fungos em meio sólido. O estudo revelou a existência de 6 Grupos diferentes, apresentando uma boa diversidade de espécies de Aspergillus da seção Nigri. Na estação chuvosa, houve uma maior riqueza destas espécies, onde foi encontrado 92,8%, enquanto na estação seca foi encontrado apenas 7,2%. Os grupos I e II foram identificados através da caracterização morfológica e molecular como pertencentes as espécies unisseriadas Aspergillus aculeatus e Aspergillus aculeatinus, respectivamente, e os grupos III, IV e VI foram sugeridos morfologicamente como pertencentes as espécies bisseriadas do “agregado Niger”, Grupo III = Aspergillus tubingensis, Grupo IV = Aspergillus niger, Grupo VI = Aspergillus foetidus e Grupo V não pôde ser identificado. De acordo com o potencial enzimático, apenas a enzima pectinase não foi produzida por estas espécies, entretanto nenhuma espécie foi considerada potencialmente produtora para as enzimas testadas, pois o índice enzimático não foi satisfatório. |