Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Lima, Marco Antonio Albuquerque de Araujo
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Orientador(a): |
Castro, Ana Célia
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11643
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Resumo: |
Esta dissertação analisa como a Convenção do Crescimento influenciou no processo de criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES, e na determinação de suas estratégias e programas até o ano de 1978, quando termina a execução do II Plano Nacional de Desenvolvimento − II PND. Em conseqüência da forma como foi feita sua institucionalização, o BNDES também influenciou, e muito, a Convenção do Crescimento. Com esse objetivo, utilizei, inicialmente, a metodologia de história oral, para as entrevistas realizadas, pois são as pessoas que fundaram e consolidaram o Banco que vão contar essa história. No capítulo conceitual, apresento a definição filosófica do conceito de Convenção e a sua utilização por teóricos de linhas distintas como Adam Smith e Keynes. A partir daí, comento o artigo do economista Antônio Barros de Castro sobre a Convenção do Crescimento, ocorrida no Brasil de 1930 a 1980. Antes de passar para a periodização histórica, descrevo, no segundo capítulo, o reflexo do golpe militar de 1964, sobre os quadros do BNDES. Relato também a maneira como esse pessoal percebeu a política do Governo Castello com o Banco e seus temores sobre o futuro do processo do desenvolvimento. Minha dissertação está dividida em três períodos. O primeiro, descrito no terceiro capítulo, começa com a fundação do Banco e vai até o final do Plano de Metas, formulado e executado pelo BNDE durante o governo de Juscelino Kubitschek. No quarto capítulo procuro descrever o conturbado governo de Jânio Quadros e os governos de Jango Goulart, Castello Branco, Costa e Silva e Garrastazu Médici. Finalizo este capítulo quando o Ministro Reis Velloso, em outubro de 1970, nomeia Marcos Vianna para a presidência do BNDE em pleno Milagre Econômico . O que aglutina períodos de governos tão distintos é a manutenção do propósito, por todos, do crescimento, apesar do País ter abandonado o processo democrático. Outro motivo para a reunião destes governos é a ausência de planos de longo prazo como o Plano de Metas. Enfoco no quinto capítulo os oito anos de mandato em que o Ministério do Planejamento e o BNDE foram administrados por Reis Velloso e Marcos Vianna, quando o II PND foi planejado e executado no governo de Ernesto Geisel, a partir de 1974. Duas hipóteses foram confirmadas durante a pesquisa. A primeira, que os governos procuraram utilizar, cada um à sua maneira, o potencial da instituição. A outra, é que a busca de autonomia e qualidade, pelo BNDE, ao invés de assustar o poder executivo, aumentava sua confiança nos quadros técnicos do Banco. Na conclusão reúno evidências que comprovam as hipóteses citadas no parágrafo anterior e teço algumas reflexões sobre as causas que impediram o Brasil de continuar o seu processo de crescimento, incorporando, ao mesmo tempo, maior justiça social e maior transparência fiscal, com a inflação controlada. |