Ocorrência e caracterização morfológica de Blastocystis sp. em três espécies de aves comercializadas em mercados municipais do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Cruz, Wyslaine Costa da lattes
Orientador(a): Bomfim, Teresa Cristina Bergamo do lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11866
Resumo: Blastocystis hominis é um dos parasitos de maior prevalência no trato gastrintestinal de humanos, porém seu papel patogênico ainda permanece incerto. Alguns organismos semelhantes à B. hominis têm sido descritos em uma variedade de hospedeiros não-humanos sendo denominado Blastocystis sp., mas seu potencial zoonótico não está esclarecido. O objetivo desse trabalho foi verificar a ocorrência de infecção natural de Blastocystis sp. em três espécies de aves domésticas comercializadas em dois mercados municipais do Rio de Janeiro, caracterizando morfologicamente esses organismos encontrados em material fecal para a emissão de um diagnóstico preciso. Foram adquiridas 214 aves, sendo 35 patos (Anas platyrhynchos) do mercado A e 38 do mercado B, 35 codornas (Coturnix japonica) do mercado A e 36 do mercado B, e 35 pintos (Gallus gallus)do mercado A e 35 do mercado B. Das aves pesquisadas no mercado A, 8 (22,9%) pintos, 15 (42,9%) codornas e 13 (37,1%) patos apresentaram formas biológicas de Blastocystis sp. nas fezes, enquanto que no mercado B, 15 (42,9%) pintos, 2 (5,56%) codornas e 21 (55,3%) patos apresentaram tais formas nas fezes. Não houve uma diferença estatisticamente significativa em relação à ocorrência de infecção em patos e pintos dos dois mercados municipais pesquisados, ocorrendo essa diferença somente entre as codornas dos dois mercados. Ao considerarmos o número de aves infectadas nos dois mercados, independentemente da espécie, observou-se que não houve uma diferença estatisticamente significativa entre os dois mercados. Das observações de esfregaço de fezes coradas com Giemsa daqueles animais que apresentaram positividade para Blastocystis sp., foi possível caracterizar seis formas do organismo, sendo estas: vacuolar, granular, amebóide, císticas, avacuolar e multivacuolar. Também foi possível caracterizar as formas reprodutivas de Blastocystis sp. como: divisão binária, endodiogenia, brotamento, plamatomia e esquizogonia. Mesmo não tendo estudos que confirmem o potencial zoonótico e patogênico de Blastocystis sp., tanto para hospedeiros humanos quanto para animais, sugere-se que nesses mercados de comercialização pode ocorrer a contaminação ambiental, devido às condições higiênicas e sanitárias serem de péssima qualidade, sendo um risco para os animais, assim como para a população humana que comumente freqüentam esses ambientes. O conhecimento das formas evolutivas que foram encontradas e caracterizadas no presente trabalho é de grande importância para que se tenha um diagnóstico preciso e confiável de Blastocystis sp. em material fecal.