Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Seara, Fernando de Azevedo Cruz
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Orientador(a): |
Olivares, Emerson Lopes
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Banca de defesa: |
Almeida, Norma Aparecida dos Santos,
Carvalho, Adriana Bastos de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11407
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Resumo: |
De acordo com a OMS, as doenças isquêmicas do coração consistem na maior causa mortis global. Dentre as abordagens terapêuticas, a mais eficaz é a reperfusão. A despeito da melhora no prognóstico pós-infarto, a recuperação plena da função cardíaca dificilmente é alcançada, devido a injúria de isquemia/reperfusão (IIR). Neste contexto, a administração de EA em ratos Wistar adultos enaltece a susceptibilidade à IIR. Ademais, a administração de EA em ratos Wistar, ao longo da adolescência, favorece o desenvolvimento de disfunções cardiovasculares persistentes durante a fase adulta. Desta forma, objetivou-se, com o presente estudo, analisar os efeitos da sobrecarga crônica de propionato de testosterona, ao longo da fase adolescente, na susceptibilidade à IIR, em ratos Wistar adultos. Para tanto, foram utilizados 24 ratos Wistar machos, divididos em dois grupos: EA (Propionato de testosterona 5 mg kg-1, a partir do 26º dia pós-natal, 5 vezes por semana/ 5 semanas) e CTL (veículo). No 82º dia pós-natal, os ratos foram submetidos à eutanásia para a coleta órgãos. Os corações isolados foram submetidos à perfusão artificial em aparato de Langendorff, e, assim, ao protocolo de isquemia/reperfusão. As pressões diastólica final (PDF), sistólica (PS) e desenvolvida (PD), do ventrículo esquerdo (VE), e as primeiras derivadas de pressão do VE, máxima e mínima (dP/dt máxima e mínima, respectivamente), foram mensuradas através de um balão de látex intraventricular, conectado a um transdutor de pressão. Através do eletrocardiograma, foi analisada a susceptibilidade aos episódios arrítmicos. Ao final do protocolo, as áreas de infarto foram demarcadas e a expressão gênica das cadeias pesadas de miosina e gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase, assim como a atividade enzimas da família de niconinamída adenina dinucleotídeo fosfato oxidase (Nox), no ventrículo esquerdo, foram avaliadas. Em relação ao grupo Controle, os corações dos animais tratados com EA apresentaram: Hipertrofia, através do aumento na massa (aumento de 33%, P<0,001) e do índice cardíaco (aumento de 37%, P<0,001); aumento significativo da área de infarto (aumento de 54,76%, P<0,05); Tênue recuperação da PDFVE, assim como da PDVE, durante a reperfusão; Inferior recuperação da dP/dt máxima, ao longo da reperfusão, a despeito da equivalente recuperação na PSVE; Reduzida dP/dt mínima basal e, subsequentemente, redução na recuperação deste parâmetro, ao longo da reperfusão; Aumento significativo da expressão gênica da MHCβ (P<0,01), condizente o prejuízo no desempenho mecânico; Maior incidência de episódios arrítmicos, ao longo da reperfusão (aumento de 100%, P<0,01). Não houve diferença em relação às atividades das Nox. Pela primeira vez, foi demonstrado que a administração de EA, ao longo da adolescência, provoca hipertrofia e reprogramação gênica cardíaca, persistente durante a fase adulta, além de aumentar, significativamente, a susceptibilidade à IIR, por meio do aumento na área de infarto e piora na recuperação das propriedades mecânicas e elétricas cardíacas, em corações isolados de ratos Wistar adultos. |