Potencialidades das substâncias húmicas, extratos de algas e suas combinações como bioestimulantes em plantas: características estruturais e modo de ação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Castro, Tadeu Augusto van Tol de lattes
Orientador(a): García, Andrés Calderín lattes
Banca de defesa: García, Andrés Calderín lattes, Zonta, Everaldo lattes, Balmori, Dariellys Martínez lattes, Cordeiro, Flávio Couto lattes, Magalhães, Marcio Osvaldo Lima lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19245
Resumo: A crescente demanda global por alimentos tem levado ao uso mais intensivo do solo. Nesse contexto, surgiram novos e avançados bioinsumos, como os bioestimulantes e biofertilizantes, com o objetivo de promover a integração harmoniosa entre a produção de alimentos e o manejo sustentável do solo. O interesse na utilização de bioestimulantes à base de substâncias húmicas (SH) em áreas cultivadas já é uma realidade entre os agricultores. Por outro lado, a economia do mar vem sendo inserida cada vez mais na cadeia produtiva agrária de forma a gerar produtos agrícolas mais limpos e eficientes. Diante desta realidade, esta tese teve como objetivo avaliar os efeitos bioestimulantes em plantas de pepino (Cucumis sativus) da variedade Ashley e de arroz (Oryza sativa L.) da variedade nippombare, de frações húmicas extraídas de vermicomposto e leonardita, de extratos de algas extraídas de kappaphycus alvarezii, assim como as suas combinações, aplicados via foliar e/ou radicular, previamente caracterizados. No capítulo I foi apresentada a caracterização físico-química de ácido húmico de vermicomposto (AHVC), ácido fúlvico de vermicomposto (AFVC) e ácido húmico de leonardita (AHCHECO) e discutida a bioatividade e o modo de ação dessas SH em plantas. No capítulo II, foi apresentada a caracterização físico-química dos subprodutos da alga Kappaphycus alvarezii (extrato aquoso e biomassa sólida) in natura e avaliado o efeito dos modos de aplicação (foliar e radicular) no crescimento e desenvolvimento, além dos diferentes modos de ação. No capítulo 3, foram avaliados e comparados os estímulos desencadeados pela aplicação foliar isolada e conjunta de AFVC e extrato de Kappaphicus alvarezii em plantas, na regulação gênica, metabolismo, na absorção e assimilação de nutrientes, no desempenho fotossintético, desenvolvimento radicular e crescimento, para a obtenção de bioestimulante foliar misto com potencial agrícola. As características físico-químicas das substâncias húmicas e dos extratos de Kappaphicus alvarezii resultaram em diferentes propriedades e bioativades exercidas em plantas, com diferenças na expressão de genes, regulação hormonal, fotossíntese, absorção de nutrientes, quantidades de metabólitos solúveis, arquitetura radicular e acúmulo de biomassa. A aplicação de todos os compostos naturais resultou em plantas com maior desenvolvimento, porém de forma diferenciada dependendo de suas características estruturais. A aplicação radicular e foliar de AFVC e de extrato aquoso de Kappapphicus alvarezii (K-sap) resultou em estímulos diferenciados sobre o crescimento radicular e produção de biomassa, sendo as doses de melhor resposta diferentes para cada composto e forma de aplicação. Tanto para AFVC quanto para K-sap, foram necessárias aplicações em concentrações menores nas raízes do que nas folhas para o estímulo de maior resposta. O bioestimulante foliar misto com AFVC à 80 mg L-1 + K-sap à 2% mostrou potencial para uao comercial em cultivo de plantas de arroz, aumentando sua produção. Os custos associados à produção e comercialização destes bioestimulantes foliares são considerados baixos, uma vez que são extraídos de compostos naturais e pulverizados em pequenas doses, além do potencial para utilização na conservação e no manejo de ecossistemas naturais e agrícolas, pois são biodegradáveis e não-tóxicos.