Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Melquisedeque de Oliveira
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Orientador(a): |
Romano, Jorge Osvaldo
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Banca de defesa: |
Costa, Fernando Bastos,
Comeford, John Cunha,
Ferreira, Andrey Cordeiro,
Schmitt, Claudia Job |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9449
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Resumo: |
Este trabalho se propõe a pensar a organização produtiva de famílias assentadas no contato com políticas públicas para agricultura familiar, em dois assentamentos rurais do Rio Grande do Norte. Diversos estudos têm sistematicamente pautado a questão do conflito como um dado inerente à organização nos assentamentos. A esse respeito, há um vazio entre os princípios de uma racionalidade associativa, introduzida como dispositivo comum de gestão da terra, e a maneira como as famílias compõem formas de reciprocidade e comprometimento. Se a racionalidade associativa se baseia na convergência dos interesses dos sujeitos, a heterogeneidade de suas trajetórias de vida e trabalho aponta na direção contraria. Emerge enquanto problemática a maneira como os sujeitos se organizam diante do contato com políticas publicas. É no vazio das reciprocidades contratuais que a dinâmica faccional toma lugar, articulando tecidos sociais que se estabelecem nas próprias relações de conflito. Isso ocorre, sobremaneira, quando começa a surgir no interior dos assentamentos grupos que cerram fileiras contra outros, passando a mobilizar uma serie de constrangimentos morais, enquanto criam as fronteiras dos grupos com base em discursos de suporte ou desqualificação da ação do outro. Reforçam, desse modo, afinidades seletivas de amizade, vizinhança, militância e religião, que se articulam com as reciprocidades contratuais do associativismo, oferecendo organicidade para ações comuns. A contribuição deste trabalho materializa o intuito de oferecer uma interpretação à organização produtiva nos assentamentos, como alternativa aos preceitos contratuais do associativismo ou ao “coletivismo” presente nas ações dos mediadores |