Aspectos políticos e ideológicos do controle de acesso à internet no Campus Sombrio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Anderle, Daniel Fernando lattes
Orientador(a): Souza, José dos Santos lattes
Banca de defesa: Arruda, Maria da Conceição Calmon, Macedo, Jussara Marques
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12983
Resumo: O acesso à internet no cotidiano de instituições componentes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (RFEPT)é uma necessidade que extrapola a dimensão pedagógica, pois se estende à dimensão técnico-administrativa e comunicativa dos sujeitos da comunidade escolar. Os alunos que estudam em boa parte destas instituições precisam da internet não só como ferramenta pedagógica, mas também como ferramenta de sociabilidade, de lazer ou mesmo de informação. Entretanto, os setores responsáveis pela gestão deste tipo de serviço nas instituições da RFEPT costumam impor determinados limites e/ou regras de acesso à internet que nem sempre expressam igualdade de condições de acessibilidade. Essa desigualdade se expressa tanto na qualidade e potencialidade dos equipamentos como no controle do tempo de acesso e do conteúdo a ser consultado e depende do segmento escolar a que pertencem os sujeitos ou mesmo de sua posição na hierarquia institucional. Diante deste problema, tomamos como objeto de estudo os aspectos políticos e ideológicos do controle de acesso à internet no Campus Sombrio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC/Sombrio).Nosso objetivo é compreender a relação de poder expressa na gestão do acesso à internet desta instituição e suas implicações no trabalho educativo.Partimos da hipótese de que a gestão dos recursos de informática, em especial a definição dos perfis de acesso à internet, seguem a determinada configuração de relação de poder marcada pela falta de democracia, pela ausência de critério de equidade e por seu caráter excludente.O IFC é gerido de acordo com normas administrativas e diretrizes pedagógicas prescritas pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), configurando-o como uma unidade similar aos demais 38 institutos federais espalhados pelo território nacional. Para o levantamento de dados, tomamos como instrumentos: a observação não participante; questionários fechados; entrevistas; e fontes bibliográficas primárias. Constatamos que existe confusão acerca das definições de acessibilidade na política de acesso. Não há regras claras de acesso e nem de acessibilidade sendo os alunos os mais prejudicados, pois são eles que possuem piores condições de acesso e sofrem com os bloqueios estabelecidos. Os bloqueios são realizados para garantir aumento da velocidade, a revelia dos gestores, exceto o responsável institucional pelas Tecnologias da Informação. O que podemos perceber é que as políticas são aplicadas para satisfazer a técnicos e docentes, já que apenas os alunos são submetidos a esses bloqueios. A título de conclusão, podemos afirmar que as tecnologias, em especial o acesso à internet, servem como “pano de fundo” para a materialização das relações de poder existente no IFC/Sombrio.