Olhando para as práticas e aprendendo com quem faz: compreensão do fazer da educação antirracista a partir da análise das narrativas de educadores
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13025 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivo discutir os processos e espaços formativos vivenciados por educadores cujas práticas se alinham com a educação antirracista. Objetivou também observar os usos e opiniões sobre os aparatos legislativos contidos na lei nº 1 10.639/03, ampliada pela 11.645/08 que incluem no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, bem como as demais referências legais que endossam as práticas em educação para as relações raciais. Além disso, o trabalho buscou compreender as expectativas dos educadores sobre as possíveis mudanças em seus alunos através das suas práticas em educação antirracista e conhecer e analisar suas práticas cotidianas em educação antirracista. A metodologia utilizada foi a análise de entrevistas semiestruturadas com focos nas narrativa de vida e nas trajetórias de formação do professor. Os sujeitos da pesquisa foram selecionados entre os participantes Seminário e Oficinas “Reflexões Sobre a Identidade Negra nas Escolas e Práticas Bem Sucedidas na Aplicação da Lei 10.639/03” realizado em parceria com o Programa de Prospecção e Capacitação em Territórios Criativos e a Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, através do Programa de Educação Sobre o Negro na Sociedade Brasileira (PENESB/UFF). O presente trabalho apresenta breves considerações acerca da escola e de estratégias que esta instituição utiliza para informar aos seus alunos sobre a organização das relações raciais e suas hierarquias. Aponta também as contribuições de Boaventura Souza Santos para a construção de uma educação antirracista, tendo em vista a concepção de indissociabilidade entre política e epistemologia, para pensar as pressões que as práticas emancipatórias sobre o pensamento hegemônico. As conclusões se concentram na visibilidade do trabalho destes educadores para o bom funcionamento da educação antirracista e também as dificuldades na implementação de ações voltadas para a educação das relações étnico-raciais que se encontram no plano institucional e também no plano das relações interpessoais. Outro ponto relevante são as redes que estes educadores formam e participam, que têm como principais funções a troca, o apoio, a formação e o acolhimento. Além das percepções acerca dos alunos inseridos em contexto de educação antirracista os educadores percebem condutas menos pautadas no racismo, no preconceito e na discriminação. Percebem, que os alunos negros apresentam autoestima mais elevada e menos tolerância com atitudes e falas racistas. |