Adição de ácidos orgânicos em fertilizantes organominerais visando aumentar a disponibilidade de fósforo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Braghiroli, Rodrigo lattes
Orientador(a): Araújo, Adelson Paulo de lattes
Banca de defesa: Polidoro, José Carlos, Soares, Frederico Antonio Loureiro, Alves, José Milton, Zonta, Everaldo
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9983
Resumo: Os fertilizantes organominerais (FOM) constituem uma alternativa para substituição das fontes fosfatadas industriais altamente solúveis, através da utilização de fosfatos naturais e das fontes orgânicas, que em sua decomposição produzem ácidos orgânicos que atuam como bloqueadores dos sítios de adsorção de fosfatos nos solos, bem como condicionadores para a solubilização de fosfatos de rocha. Este trabalho teve como objetivo avaliar fertilizantes organominerais enriquecidos com ácidos orgânicos de baixo peso molecular a fim de aumentar a disponibilidade de fosfato ao longo do ciclo produtivo. Na primeira etapa, foi avaliado o efeito da adição de ácidos orgânicos de baixo peso molecular (AOBPM) na disponibilidade de P em formulações de FOM no cultivo de milheto em casa de vegetação, em Latossolo Vermelho distroférrico. Os tratamentos compreenderam duas fontes orgânicas (cama de aviário in natura ou compostada), três fontes de P (monoamôniofosfato – MAP, fosfato natural reativo de Bayóvar - FB e fosfato natural de Arraias - FA) e quatro ácidos orgânicos (sem ácido, ácido cítrico - AC, ácido málico - AM e ácido oxálico - AO), com cinco repetições, em quatro plantios consecutivos de milheto. A fonte orgânica in natura proporcionou maior acúmulo de matéria seca na primeira coleta. Nas coletas posteriores, os maiores valores foram observados com a cama de aviário compostada. A adição de AOBPM não apresentou efeitos na disponibilização de P quando incorporado ao FOM. O MAP propiciou os maiores acúmulos de matéria seca e de P na parte aérea. Na segunda etapa, foi avaliado o efeito de FOM enriquecidos com ácido cítrico no crescimento, acumulação de P e produtividade de plantas de milho em casa de vegetação e em campo, em Latossolo Vermelho distroférrico. Os tratamentos compreenderam AC, cama de aviário in natura e duas fontes de P (superfosfato triplo - SFT e FB), totalizando 6 combinações (FB, cama + FB, cama + FB + AC, SFT, cama + SFT, cama + SFT + AC) e três doses de P2O5 (40, 80, 120 kg ha-1), mais duas testemunhas, uma sem P e outra sem nenhum nutriente, com 4 repetições. A adição de cama de aviário a uma fonte de P natural ou industrializada aumentou o acúmulo de matéria seca e de P em plantas de milho em casa de vegetação. O FOM produzido com SFT proporcionou valores maiores de matéria seca de parte aérea e raiz, e P acumulado na parte aérea, sem efeito da adição de AC. O AC adicionado ao FOM produzido com FB aumentou a acumulação de P na raiz de milho em casa de vegetação. A adição de cama de aviário em ambas as fontes de P aumentou a matéria seca e P acumulado na parte aérea do milho cultivado em campo, quando comparados à fonte de P pura. A adição de AC aumentou a matéria seca aos 35 dias de cultivo, para os fertilizantes produzidos com FB. O milho cultivado com FOM produzido com FB apresentou produtividade de grãos similar ao SFT puro. Conclui-se que a cama de aviário in natura favorece o desenvolvimento inicial das plantas de milheto e a adição de ácidos não produz efeitos significativos no acúmulo de fósforo, com excessão das plantas de milho cultivadas em casa de vegetação, porém este fato ocorre concomitantemente à adição de cama de aviário in natura incorporada ao fosfato natural reativo de Bayóvar que demonstrou ser uma alternativa viável de utilização de fosfato de rocha em substituição aos fosfatos industrializados, pois a produção de milho no experimento de campo apresentou resultados estatisticamente iguais ao milho produzido com fonte de fósforo industrial.