Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Shockness, Leonardo dos Santos França
 |
Orientador(a): |
Baldani, Vera Lúcia Divan |
Banca de defesa: |
Baldani, Vera Lúcia Divan,
Araújo, Adelson Paulo de,
Teixeira, Paulo César |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
|
Departamento: |
Instituto de Agronomia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10637
|
Resumo: |
Um dos principais fatores que afeta o crescimento e a persistência de gramíneas nos trópicos, aumentando assim a degradação das pastagens, é a deficiência de nitrogênio no solo. Entretanto, fertilizantes nitrogenados oneram muito os custos de produção, e com a demanda por alimentos crescendo ano a ano, tem-se enfatizado a necessidade de alternativas sustentáveis, tal como a fixação biológica de nitrogênio. Faz-se necessário pesquisas com Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) em gramíneas forrageiras, principalmente sobre diversidade de bactérias diazotróficas associadas a essas plantas, para que novas bactérias possam ser descobertas, assim como seu potencial de FBN. Este trabalho teve como objetivo isolar bactérias diazotróficas do gênero Azospirillum Spp. ou Herbaspirillum Spp., provenientes de duas cultivares de B. brizhanta (Marandu e Xaráes) e de uma cultivar de B. decumbens (Ipean), testar as mesmas, e avaliar sua contribuição no crescimento de Brachiaria brizhanta cv. Marandu identificando as três mais promissoras. O trabalho foi realizado na Embrapa Agrobiologia em Seropédica – RJ, em duas etapas. Na primeira foi feito o isolamento de possíveis bactérias dizotróficas provenientes de plantas de Brachiaria brizantha e Brachiaria decumbens, sendo utilizadas as cultivares Marandu e Xaraés de B. brizantha e a cultivar IPEAN de B. decumbens. O isolamento foi realizado utilizando três meios semissólidos, NFB, LGI e JNFB, onde os dois primeiros selecionaram bactérias do gênero Azospirillum, e o terceiro bactérias do gênero Herbaspirillum. Foram selecionados 46 isolados, e após a purificação obteve-se 15 isolados puros, sendo feita a caracterização fenotípica dos mesmos, e posteriormente os testes bioquímicos de solubilização de fosfato, análise da redução de acetileno (ARA) e produção de ácido-3-indolacético (AIA). Na ARA todos isolados avaliados produziram etileno, mesmo em pequenas quantidades, tendo destaque os isolados L2, L4, J3, J6, J7, e J8. Na solubilização de fosfato os isolados N1, L1, J2, J3, J4, J5, J6, J7, J8 e T14 foram capazes de solubilizar fosfato. Na produção de AIA se sobressaíram os isolados N1, J1, J2, J3, J4, J5, J6, J7, J8 e J9. Na segunda etapa foi realizado o experimento de interação planta - bactéria; que consistiu da inoculação dos 15 isolados da primeira etapa, acrescidos de três isolados conhecidos como padrões (SP245, Z94, CBAMC) em B. brizhanta cv. Marandu, mais a testemunha não inoculada e sem N. Neste experimento os isolados L2, L4 e J6 se destacaram em relação aos outros nos sete parâmetros avaliados. Com base neste trabalho podemos concluir que existem bactérias fixadoras de nitrogênio, solubilizadoras de fosfato e que produzem ácido-3-indolacético associadas a Brachiaria brizhanta e Brachiaria decumbens. As bactérias isoladas de duas cultivares de B. brizhanta (Marandu e Xaráes) e de uma cultivar de B. decumbens (Ipean) se mostraram mais eficientes no crescimento de B. brizhanta cv. Marandu do que as bactérias padrões provenientes de outras espécies de plantas. Ainda, dentre os 15 isolados de plantas do gênero Brachiaria, os isolados J6, L2 e L4 diferiram estatisticamente dos demais, sendo considerados os três mais promissores. |