O êxodo rural em Colorado do Oeste e as implicações da educação ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Rondônia - Campus Colorado do Oeste – IFRO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Moreira, Neiva lattes
Orientador(a): Monteiro, Rosa Cristina lattes
Banca de defesa: Mizuguchi, Nedda Garcia Rosa, Dias, Célia Regina da Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12444
Resumo: A sobrevivência humana está ligada ao equilíbrio ambiental em que está inserida e os fatores considerados de ordem natural desequilibrados interferem na sua relação com a ordem sócio-econômica da região onde os problemas ocorrem. A região entre o Mato Grosso e Rondônia tem na agricultura e pecuária as principais alternativas econômicas, e as ações antrópicas ocorridas na região têm provocado modificações nos fatores de ordem natural. Os valores constituídos historicamente, os recursos financeiros individuais, tecnológicos e o desconhecimento têm determinado o ritmo com que a degradação tem ocorrido na região. O foco do estudo é o cone sul do Estado de Rondônia e o objetivo do trabalho foi determinar como os proprietários rurais que se instalaram na região no início da ocupação do Estado, observaram as modificações ocorridas no meio ambiente e como estas modificações influíram nos sentimentos de topofilia e desiderabilidade levando ao êxodo rural. Também se procurou verificar se a Instituição Federal de Ensino Agrícola instalada há 15 anos na região participou dos anseios desses pequenos proprietários com relação às mudanças ambientais na região. A metodologia utilizada para a obtenção da visão dos proprietários rurais quanto às questões ambientais na região foi entrevista previamente estruturada. Na pesquisa junto aos proprietários rurais foram analisados os perfis e selecionados para a entrevista aqueles mais antigos na região e que tivessem suas propriedades o mais próximo possível da Instituição de Ensino. Dentro da Instituição de Ensino, com os alunos provindos da zona rural foram realizados questionamentos sobre o envolvimento destes com os acontecimentos que ocorrem no entorno da Instituição. Verificou-se a dificuldade em definir o que é desenvolvimento e o que é degradação ambiental. Há um conhecimento sobre as questões ambientais e certa sensibilidade com relação ao tema, mas há também desencontro de informações que podem ser consideradas importantes no futuro próximo da região. Para os proprietários rurais do entorno da Instituição, durante todos estes anos que estão na região, modificações ambientais foram contornadas através da criatividade e da necessidade de continuarem a sobreviver no local. As questões ambientais não foram trabalhadas em conjunto com a Instituição de Ensino Agrícola Local, esta permanecendo desconhecida para a maioria dos entrevistados. Quanto às atividades dos alunos dentro da Instituição de Ensino não houve por parte da Instituição o cuidado de registrar as atividades que são realizadas por eles no cotidiano escolar, nem são avaliadas estas atividades realizadas enquanto Educação Ambiental ou não. Os conteúdos das disciplinas são os predeterminados pelo governo e não há preocupação com os conhecimentos que estes alunos trazem de sua vivência fora da Instituição. Aqueles que residem na região, independente de proprietários rurais ou alunos da escola esperam desenvolvimento, e isto significa mais emprego e aumento da qualidade de vida. Ficar ou não na região depende necessariamente da questão manutenção das famílias empregadas, mesmo que isto custe degradação ambiental ou deixar para traz tudo o que sonharam e construíram.