Extração, reatividade e toxidez de extratos tânicos da casca de Pinus oocarpa e Pinus caribaea var. bahamensis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Vieira, Michel Cardoso lattes
Orientador(a): Lelis, Roberto Carlos Costa lattes
Banca de defesa: Abreu, Heber dos Santos, Nascimento, Alexandre Miguel do, Ferreira, Èrika da Silva, Vidaurre, Graziela Baptista
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9350
Resumo: O objetivo desse trabalho foi caracterizar cascas de Pinus oocarpa e Pinus caribaea var. bahamensis visando sua utilização em processos tecnológicos. Foram avaliados as propriedades químicas de extratos tânicos da casca de pinus e o potencial de utilização dos extratos como adesivo, a reatividade de cascas de Pinus oocarpa frente ao formaldeído, os efeitos das substâncias extraídas das cascas de Pinus oocarpa e Pinus caribaea var. bahamensis sobre a história de vida do cladócero Moina macrocopa e as propriedades dos adesivos Uréia-formaldeído (UF) e Fenol-formaldeído (FF) e de suas modificações com o tanino de Pinus oocarpa e Pinus caribaea var. bahamensis. Os resultados mostraram que para quantificação de fenóis totais da casca de pinus não se deve empregar solventes com menor polaridade, devido à dificuldade de solubilização dos polifenóis. Para as duas espécies testadas, a adição de sulfito de sódio aumentou o rendimento em tanino, sendo o tratamento com adição de 5% de sulfito de sódio o mais indicado para ambas as espécies. As cascas das duas espécies apresentaram potencial para serem aproveitadas como matéria-prima para obtenção de taninos, uma vez que os extratos apresentaram propriedades satisfatórias para o processo de colagem, com exceção dos extratos tânicos da casca de Pinus oocarpa, obtidos na extração com 10% de sulfito de sódio. Os resultados revelaram também que as cascas reagem com formaldeído, funcionando como captador de formaldeído, e assim a utilização de cascas na fabricação de aglomerados pode ser uma alternativa para reduzir a emissão de formaldeído. Com relação à toxidez das cascas, a solução a 100% para as duas espécies de pinus foi prejudicial ao cladócero Moina Macrocopa, ocasionando a morte dos indivíduos. As substâncias lixiviadas da casca e o sulfito de sódio, por ser um produto tóxico, pode ser a causa do cladócero não ter sobrevivido a essa concentração. Com relação aos outros tratamentos, foi possível observar que a solução não alterou os aspectos da história de vida da espécie Moina Macrocopa. A adição do extrato tânico da casca de Pinus oocarpa e Pinus caribaea bahamensis à resina Uréia formaldeído (UF) contribuiu para diminuição nos valores de viscosidade. Desta forma, a substituição do adesivo sintético por taninos da casca é possível até 30%. A adição do extrato tânico da casca de Pinus oocarpa e Pinus caribaea bahamensis à resina Fenol formaldeído (FF) contribuiu para o aumento nos valores de viscosidade. A substituição do adesivo sintético por taninos da casca das duas espécies é possível somente até 20%. A caracterização química por infravermelho mostrou que ao se adicionar o tanino das duas espécies de pinus à resina ureia-formaldeído, foi possível visualizar a presença de sinais de substâncias aromáticas nos espectros evidenciando que ocorreu a reação entre o adesivo e o tanino.