Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Souza, Juliana Borges de
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Orientador(a): |
Rinaldi, Alessandra de Andrade
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Banca de defesa: |
Rinaldi, Alessandra de Andrade,
Nascimento, Marcos Antônio Ferreira do,
Zanini, Maria Catarina Chitolina,
Finamori, Sabrina Deise,
Luna, Naara Lúcia de Albuquerque |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19666
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Resumo: |
Esta tese tem como análise as narrativas de mulheres produzidas a partir de uma etnografia nos espaços virtuais nacionais que trabalham com o luto neonatal e gestacional. À luz da antropologia das emoções, viso compreender como estas mulheres, em grupos, alimentam-se de afetos e criam estratégias para lidar com sua dor. Analiso como as gramáticas de dor/sofrimento diante da perda do filho acionam uma gestão do Estado, convertendo em demandas por direitos, por meio dos grupos de apoio à perda neonatal e gestacional. Além disso, viso tensionar o debate sobre a ética na pesquisa em relação a temas sensíveis. Pretendo pensar também nos conceitos analíticos centrais de gênero, moralidade, violência e temporalidade. A ideia também é refletir sobre os efeitos do movimento feminista na produção do se fazer ciência. Desta forma, proponho o trabalho de pensar como o feminismo mudou os estudos de parentesco. Seguindo o debate de parentesco, baseado no texto da Janet Carsten (2014) sobre a materialidade do parentesco, penso a questão da “temporalidade”, e como essa noção é atravessada nas relações de violência, moralidades e afetos. Desta forma, analisando as narrativas das membras dos grupos de apoio a perda neonatal e gestacional nacionais, entendo que ao falar sobre a relação da perda do filho, é acionada também a figura do tempo passado/presente/futuro, no sentido usado pelas interlocutoras que passaram pela perda neonatal e gestacional. Por fim, destaco a importância de acionar o nome do/a filho/a no contexto do luto neonatal e gestacional, pois isso cria a ideia de uma noção de pessoa relacional; desta forma, ao falar sobre a relação da perda do filho, é efetuado um imperativo da materialidade (Memmi, 2015) do corpo e do nome pela figura do tempo passado/presente/futuro, no sentido usado pelas interlocutoras dos grupos de apoio neonatal e gestacional, de que “sou mãe e sempre serei mãe”. Essa produção de memória produz também uma condição de parentesco que nos conecta com o tempo do passado a partir da materialidade dos nomes, de fotos, comidas partilhadas, lembranças, acolhimento e de quem somos no tempo do presente, e cria as possibilidades de fabricar nossas relações de parentesco no futuro (Carsten, 2014). |