Estudo morfobiológico, ultraestrutural e histopatológico de amostras silvestres isoladas de Triatoma vitticeps (Stal, 1859) no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Silva, Cristina Santos da lattes
Orientador(a): Pinheiro, Nadja Lima lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10870
Resumo: Triatoma vitticeps, espécie de hábito silvestre com distribuição geográfica restrita aos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Em Minas Gerais e Espírito Santo vêm invadindo o domicílio, e às vezes é encontrado domiciliado freqüentemente com taxas altas de infecção por Trypanosoma cruzi. O alvo deste estudo é avaliar a diversidade de parasitas em três áreas (duas no município de Santa Maria Madalena e uma em Conceição de Macabu) por parâmetros morfobiológico, biométrico, ultraestrutural e histopatológico. Sete isolados identificados como T. cruzi, foram mantidos em NNN+LIT+20% de soro fetal bovino. Estudos morfométricos e de diferenciação celular foram baseados nas formas epimastigotas e tripomastigotas obtidas nas curvas de crescimento no 4º, 7º, 10º, 13º, 17º e 20º dias para as amostras SMM32, SMM53, SMM81, SMM98, SMM100 da área A, SMM36 da área B, e SMM1da área F e extendidos do 23º, 27º, 30º, 33º, 37º e 40º para as amostras SMM36 e SMM98. O crescimento máximo foi observado no 4º dia para SMM100 (45.000 células/μl); no 7º dia para SMM53 (52.750 células/μl); no 10º dia para SMM 1 (21.000 células/μl) e SMM32 (33.125 células/μl); no 13º dia para SMM81 (46.000 células/μl l) e no 20º dia para a amostra SMM36 (54.375 células/μl). A amostra SMM32 e SMM100 apresentaram crescimento depois de um leve declínio. A taxa de metaciclogênese era menor que 30% nos isolados SMM32, SMM53, SMM100 e SMM1 e mais alto que 80% em SMM81 e SMM98. Com o aumento de dias de avaliação da curva de crescimento, a amostra SMM36 apresentou crescimento máximo no 33º dia (90.125 células/μl) declínando ao final (40º dia). Estes resultados demonstram uma diversidade no comportamento destes isolados. A morfometria foi baseada nas formas epimastigotes e tripomastigotas encontradas no 10º, 17º e 20º dias da curva de crescimento, também sugere a heterogeneidade destes isolados. Embora a maioria dos dados sobre a ultraestrutura de T. cruzi tenham sido obtidos de formas epimastigotas mantidas em meio de cultura, o estudo realizado nas formas isoladas de triatomíneos mostrou as mesmas estruturas típicas presentes tais como cinetoplasto, microtúbulos subpeliculares, bolsa flagelar e axonema. A amostra SMM36 produziu uma alta mortalidade em camundongos inoculados com tripomastigotas. Os resultados histopatológicos com 10 e 60 dias após infecção mostram um intenso tropismo para músculo cardíaco e intenso infiltrado mononuclear. Estes resultados evidenciam a diversidade de parasitos que infectam espécimes de T. vitticeps, enfatizando o hábito silvestre desta espécie e a complexidade epidemiológica da região estudada.