Identificação de novas espécies com potencial para a criação em cativeiro: pescado capturado no estado do Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Costa, Tiago Viana da lattes
Orientador(a): Oshiro, Lidia Miyako Yoshii lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14764
Resumo: A região Amazônica possui cerca de 40 espécies de peixes sendo exploradas e comercializadas diariamente, nos principais mercados e feiras. A pesca na região é basicamente artesanal, direcionada a um número diminuto de espécies, causando uma sobreexplotação em determinados estoques pesqueiros. No entanto, algumas espécies apresentam características para serem criadas em cativeiro, o que ajudaria a diminuir a pressão da pesca sobre as mesmas. Com o objetivo de identificar novas espécies para a criação em cativeiro, foram analisadas variáveis pesqueiras a partir do banco de dados central do Projeto Manejo dos Recursos Naturais da Várzea, sendo utilizado os dados de 2001 a 2004, permitindo a identificação dos pescados mais capturados na calha do Rio Solimões/Amazonas. A análise dos dados revelou que as 10 primeiras categorias de pescado mais capturadas correspondiam em média 82,46% do volume total capturado no estado do Amazonas, destacando-se a ordem dos Characiformes, com 78,34% das capturas. A abundância de pescado depende diretamente das variações ocorridas no ambiente (pulso de inundação), fato este que contribui para oscilação no preço e inconstância de oferta de algumas espécies de pescado durante o período de cheia. A piscicultura poderá vir justamente suprir esta carência do mercado e diluir a pressão nos estoques naturais. As informações obtidas no ProVárzea/Ibama juntamente com os dados de piscicultura do estado e da exportação de pescado, levantados junto a SEAP/PR e Núcleo de Recursos Pesqueiros do Ibama/AM destacaram-se o aruanã e o mapará como espécies potenciais para a piscicultura. As análises envolvendo a captura por unidade de esforço revelaram uma produtividade de 11-20 Kg/pescador/dia para o aruanã, que é a quinta categoria mais capturada no estado (3,83% do total) e a sétima na lista de exportação; e 21-31 Kg/pescador/dia para o mapará, décima categoria mais capturada e a terceira na lista de exportação. Já as análises de rendimento de carcaça e da composição química e da qualidade do pescado, revelaram que o carnívoro aruanã, capturado basicamente na seca e que teve seu filé como principal produto comercializado, apresentou um rendimento de 29,15 ± 1,48%, com as análises químicas que o caracterizam como um pescado magro (0,08% gordura) com alto teor protéico (15,19 %PB). O planctófago mapará, despescado ao longo de todo ano, apresentou um rendimento de filé de 53,04 ± 1,40% e a análise química permitiu classificar este pescado como gordo (21,21% de gordura) e de baixo valor protéico (12,85 %PB).