Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Everton Behrmann
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Orientador(a): |
Barros, José Costa D'Assunção
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Banca de defesa: |
Benatte, Antonio Paulo
,
Bezerra, Danieli Machado
,
Araújo, Rodrigo Oliveira de
,
Guimarães, Valéria dos Santos
,
Barros, José Costa D'Assunção
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18514
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Resumo: |
A presente pesquisa analisa o processo de formação da Boca do Lixo a partir da contraposição entre o relato autobiográfico de um de seus delinquentes — Hiroito de Moraes Joanides, escrita em 1977 — e as representações feitas na imprensa policial paulistana e instituições do Estado sobre o cotidiano da Boca do Lixo. Nesse sentido, a noção de “Topografia Criminal”, cunhada pelo historiador Dominique Kalifa, que pensou os lugares reservados ao crime nas grandes cidades como desdobramento de construções discursivas, surge como instrumento conceitual para investigar o processo histórico de constituição da Boca do Lixo enquanto um território marginal da cidade de São Paulo, entre as décadas de 1950-1970. Esses locais, demarcados por representações discursivas e por práticas sociais, perfilam importante ângulo para compreender as realidades e o imaginário do crime. Desta forma, assim como os autores, meios e circunstâncias, os lugares reservados ao crime desempenhavam papel importante na construção de economias criminais e no gerenciamento dos ilegalismos. Nas páginas que seguem, o cotidiano, os sujeitos e os tipos de atividades desenvolvidas na Boca do Lixo estarão dialogicamente imbricados pelo uso de um corpus documental diverso: imprensa policial, literatura, cinema, discursos do parlamento e arquivos judiciais. Buscaremos responder quando e por que esse território da cidade passou a ser representado enquanto um lugar reservado à sujeira moral, um bas-fond, e como se davam as relações entre os sujeitos que o habitavam e o aparelho de Estado. Por fim, examinaremos como tanto as representações discursivas quanto a ação dos agentes de segurança estavam articuladas e inseridas nas modificações da geografia e da economia criminal da cidade de São Paulo. |