Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Vassali, Maurício
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Orientador(a): |
Faria, Sergio Miana de |
Banca de defesa: |
Faria, Sérgio Miana de,
Simon, Marcelo Fragomeni,
Mendonça, Evânia Galvão |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11162
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Resumo: |
As áreas de cangas ferríferas presentes na Serra de Carajás, PA, possuem características bastante distintas, sendo consideradas ambientes raros. Na Amazônia oriental, as cangas ferríferas estão situadas em cimeiras de relevos residuais rochosos em meio a uma matriz florestal. O alto teor de ferro presente no substrato favorece o desenvolvimento de uma vegetação adaptada, chamada savana metalófila ou simplesmente vegetação de canga, onde frequentemente são encontrados endemismos. Mimosa acutistipula var. ferrea é uma espécie arbustivo-arbórea de ocorrência natural e abundante na área de estudo, sendo representativa da vegetação rupestre que cobre as cangas ferríferas. No presente estudo foram investigados os padrões de distribuição da variabilidade genética em populações desta espécie por meio da análise de locos de DNA microssatélite do genoma do cloroplasto (cpSSR). No total, foram amostrados 119 indivíduos provenientes de nove populações distribuídas em áreas de canga situadas na Serra de Carajás, PA. Foram estimados parâmetros de diversidade e estrutura genética, bem como determinadas as relações entre os haplótipos encontrados em nove populações de M. acutistipula var. ferrea na região de estudo. No total foram encontrados nove alelos (2 a 5 alelos/loco) em três locos cpSSR investigados nas populações. O índice médio de diversidade genética nas populações foi de HE = 0,33, variando de 0,215 a 0,485. Uma Análise de Variância Molecular (AMOVA) mostrou que a maior parte da variabilidade genética está contida dentro das populações (78 a 95%), evidenciando uma baixa a moderada estruturação (diferenciação) genética das populações, com base nos modelos de mutação stepwise (RST = 0,052) ou alelos infinitos (FST = 0,215). A análise combinada dos diferentes alelos encontrados nos três locos cpSSR polimórficos possibilitou identificar 13 haplótipos, sendo a maioria deles compartilhada entre as populações amostradas de Mimosa acutistipula, corroborando a baixa estruturação genética encontrada na AMOVA. A ocorrência de vários haplótipos do cpDNA, comuns na maioria das populações de M. acutistipula, sugere a possível influência que eventos históricos, relacionados às alternâncias climáticas ocorridas no Pleistoceno, e o fluxo gênico histórico provavelmente tiveram no padrão atual de distribuição da variabilidade genética observado nas populações da espécie na região. No entanto, também foram observados haplótipos derivados mais recentes, exclusivos de algumas populações, cuja diferenciação provavelmente ocorreu após o isolamento de áreas de canga dentro da matriz florestal, após o último máximo glacial (UMG). |