Perdas por volatilização e eficiência agronômica da mistura de uréia com zeolita natural aplicada na cultura da roseira (Rosa spp.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Werneck, Carlos Guarino lattes
Orientador(a): Mazur, Nelson lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10551
Resumo: O trabalho objetivou avaliar as perdas de N-NH3 por volatilização (PNV) e a eficiência agronômica dos fertilizantes zeolíticos obtidos através de misturas de uréia com zeolitas naturais. O primeiro experimento foi realizado na casa de vegetação da Embrapa Solos, RJ, sendo as unidades experimentais compostas por bandejas plásticas preenchidas com solo coletado na camada 0-20 cm de um Planossolo Háplico. Aplicou-se uréia (UR) e uréia + zeolita natural (UZN) sobre solos com duas condições de pH e presença ou ausência de cobertura morta sobre a superfície. Foram avaliadas as PNV utilizando-se câmara semi-aberta livre estática, confeccionada com frasco plástico transparente PET de 2 litros sem a base, diâmetro de 10 cm, no interior dos quais fixou-se frasco de 50 ml contendo 10 ml de solução H2SO4 1 mol+ glicerina 2% (v/v), no qual foi adicionada lâmina de espuma de poliuretano com 3 mm de espessura, 2,5 cm de largura e 25 cm de comprimento, responsável pela captação do N-NH3 volatilizado. Após a adubação foram realizadas trocas das lâminas em intervalos de 24 horas, por seis dias consecutivos. Quando UR e UZN foram aplicados sobre solo descoberto sem calagem, as PNV foram, respectivamente, de 63% e 46% do N aplicado. Houve uma redução de 26% quando utilizado UZN, podendo o fertilizante zeolítico ser recomendado para aplicação sobre solo descoberto com pH inferior a 6,0. Quando aplicados sobre solo descoberto com calagem, foram perdidos 100% e 89% do N, respectivamente por UR e UZN, não sendo recomendado o uso do fertilizante zeolítico sobre solo descoberto com pH acima de 6,0. O segundo experimento foi realizado em área de produção comercial de rosas (Rosa spp.), município de Nova Friburgo, RJ, durante um ano agrícola. Neste período foram realizadas quatro adubações de cobertura com uréia e mistura uréia + arenito zeolítico (UAZ). Foram avaliadas PNV, produtividades quantitativas e qualitativas da cultura, extração total de nitrogênio pelas hastes (EXTNH) e eficiência agronômica dos fertilizantes (EAF) aplicados na cultura da roseira (Rosa spp.). O fertilizante zeolítico reduziu as PNV em média 30%. As produções totais de massa seca (MST) e hastes florais (HT) são elevadas pelo fertilizante zeolítico , havendo aumento na qualidade das hastes produzidas. O fertilizante zeolítico , ao reduzir as perdas de N-NH3 por volatilização, manteve maior quantidade de N-uréia no sistema solo-planta, liberando-o para a solução do solo lentamente e em sincronia com as demandas nutricionais das plantas, proporcionando maior EXTNH. O fertilizante zeolítico apresentou eficiência agronômica superior ao fertilizante uréia comercial, proporcionando incrementos nas produções econômicas de HL, HT, MST e EXTNH. O arenito zeolítico (CETEM) apresentou características favoráveis ao seu uso no desenvolvimento tecnológico de fertilizantes de liberação lenta que objetivem alcançar reduzidas perdas de N-NH3 por volatilização e elevada eficiência agronômica nas adubações nitrogenadas das culturas agrícolas.