Evolução do uso e cobertura do solo, com foco nas Áreas de Preservação Permanente na Bacia Hidrográfica do Bonfim, Petrópolis - Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Kieling, Daniel lattes
Orientador(a): Rocha, Flavia Souza
Banca de defesa: Rocha, Flavia Souza, Freitas, Leonardo Esteves de, Pagani, Yara Valverde
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15640
Resumo: A análise histórica do uso e cobertura do solo é uma importante informação para o entendimento dos processos de evolução da paisagem. Com a definição de padrões podemos analisar, entender e discutir melhor as mudanças, propondo melhores estratégias para a resolução de conflitos e para o planejamento territorial rumo a um desenvolvimento mais sustentável. O objetivo deste trabalho foi analisar a evolução do uso e ocupação do solo, especialmente dentro das Áreas de Preservação Permanente na parte alta da Bacia Hidrográfica do Bonfim, Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, Brasil. Através da fotointerpretação de imagens entre anos de 1965 e 2010, tratadas em ambiente SIG (Sistema de Informações Geográficas), observamos o crescimento constante das áreas urbanas e o aumento expressivo das áreas destinadas para a agricultura dentro da área estudada, o que é explicado pela característica socioeconômica histórica da região que se mantém até hoje, sendo um polo de referência em produtos agrícolas de diversas culturas. Além de se situar em um ponto chave para a manutenção de corredores ecológicos entre os fragmentos florestais e as Unidades de Conservação, a área de estudo apresenta 46,8% de sua área coberta por floresta em médio ou avançado grau de sucessão. Ainda nas áreas protegidas por Lei Federal, as Áreas de Preservação Permanente (APPs) representam 37,35% dos 1876,78 hectares da área de estudo. Dentre estas, as áreas que protegem os cursos d’água e as nascentes sofreram mais com a expansão urbana e os cultivos agrícolas ao longo do período estudado. Atualmente 20,85 hectares são de uso ou origem antrópica (área urbana, área agrícola ou estradas) e aproximadamente 125 residências estão dentro dos limites de 30 metros das áreas protegidas para os cursos d’água (APPs), o que representa um risco iminente para a população, levando em conta as enxurradas causadas por eventos extremos nos últimos anos na região serrana. Projetos de reflorestamento dessas áreas são recomendados em vista de manter os serviços ecossistêmicos, assim como segurança e bem-estar da população frente a eventos extremos, a manutenção do capital natural. Concluindo, o mapeamento do uso e ocupação do solo dos últimos 45 anos em escala de 1:10.000 fornece informações para o entendimento da dinâmica da paisagem baseada em princípios da Geoecologia, gerando recursos para o planejamento e gestão territorial da Bacia Hidrográfica do Rio Bonfim sob uma perspectiva mais sustentável.