Dinâmica populacional da microbiota associada a decomposição da serapilheira de duas espécies arbóreas da Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Baldez, Fabiana Rodrigues lattes
Orientador(a): Fraga, Marcelo Elias lattes
Banca de defesa: Fraga, Marcelo Elias, Silva, Cristiane Figueira da, Araújo, Ednaldo da Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13557
Resumo: Em uma floresta tropical, a ciclagem de nutrientes é dependente da microbiota decompositora. Visando entender como se dá a dinâmica populacional desses micro-organismos ao decorrer do tempo e se há alguma influência no grau de decomposição da serapilheira, foi realizado o estudo com duas espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica, o pau-brasil (Caesalpinia echinata) e ingá (Inga sp). Foram realizadas coletas durante um período de 365 dias para a avaliação da decomposição da serapilheira, a qual acondicionou-se folhas secas, provenientes das espécies escolhidas, em sacos de polivinil, chamados litter bags, que foram colocados abaixo de suas respectivas copas de árvores, quantificando a taxa de decomposição através de medida de perda de massa ao decorrer do tempo. A fim de diferenciar e quantificar os micro-organismos da serapilheira foi feita a contagem de Unidades Formadoras de Colônia (UFC) atráves do método de cultivo em placas e, biomarcadores por perfil de ácidos graxos de cada amostra. Ao final do experimento comparou a decomposição entre as duas espécies associando-a a sua microbiota, ao seu teor nutricional e aos elementos climáticos (temperatura e umidade). A maior taxa de decomposição, tanto para o pau-brasil quanto para o ingá, ocorreu no período de maior precipitação, e ao final de 365 dias, houve diferença significativa na perda de massa vegetal entre as espécies. O pau-brasil foi a espécie que teve maior predominância da maioria dos grupos de micro-organismos, a espécie também apresentou maior concentração e maior taxa de liberação de N, P e K , maior velocidade de decomposição. Foi observado correlação da taxa de liberação dos nutrientes com os 140 dias de decomposição e correlação entre a maioria dos micro-organismos com 30 dias de decomposição. A taxa de liberação de nitrogênio e fósforo estavam associadas a precipitação. Houve correlação entre fungos e a taxa de liberação de P na decomposição da serapilheira do ingá. O biomarcador de bactérias 17:1 foi o único que teve correlação com a taxa de liberação de N e P.