A dimensão educativa do pensamento e da ação de D. Adriano Hypólito nas lutas sociais da Baixada Fluminense no período da ditadura militar (1964-1985)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sana, Peter lattes
Orientador(a): Gouvêa, Fernando César Ferreira
Banca de defesa: Gouvêa, Fernando César Ferreira, Andrade, Flávio Anísio, Oliveira, Álvaro de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12995
Resumo: No trabalho intitulado como "A dimensão educativa do pensamento e da ação de D. Adriano Hypólito nas lutas sociais da Baixada Fluminense no período da ditadura militar (1964-1985)", investigamos desde a formação do pensamento da Igreja Católica no Brasil, sua participação na educação colonial, imperial e republicana até o momento que corresponde à tomada de decisão por parte da alta hierarquia eclesiástica, em função da conjuntura a qual foi impulsionada a coexistir, em optar pelos mais pobres da sociedade. Durante a primeira metade do século XX a Igreja com seu caráter conservador busca os meios mais influentes para aliar-se e assim tomar para si uma importância na participação ativa da sociedade, quer seja no âmbito dos meios formais de educação como escolas e seminários, até nos meios informais como a mídia impressa, radiofônica e televisiva. A formação política passou a ter uma importância para a Igreja na medida que observando conjuntura da América Latina, percebe-se que as classes menos abastadas da sociedade sofriam com a injustiça e desigualdade social. Foi desta maneira que surgiram alguns setores da Igreja Católica que, fortalecidos pelo Concílio Vaticano e as Conferências de Medellín e Puebla, buscaram formas mais ativas de atuação política na mobilização e politização das massas, unindo fé à luta por justiça social. Neste contexto que surgiu a figura do Bispo Dom Adriano Mandarino Hypólito na Baixada Fluminense, quando no ano de 1966, já observando a estrutura política montada após o golpe de 1964, assumiu a Diocese de Nova Iguaçu e aderiu o movimento denominado Teologia da Libertação e passou a ter uma postura de liderança diante dos movimentos sindicais, sociais, e dos leigos e religiosos que buscavam igualdade social e melhorias nos setores mais importantes da sociedade como a educação, saúde, saneamento básico, reforma agrária e política, etc. A participação do bispo de Nova Iguaçu fez com que os setores conservadores da própria Igreja reagissem contra seu bispado, assim como o governo militar vigente e a elite econômica, buscando terminar com a onda de conscientização política do povo, instrumentalizada por organizações como as Comunidades Eclesiais de Base e Movimento Amigos de Bairro, estes que tiveram a orientação e financiamento pela Igreja proposta pelo bispado de Dom Adriano em consonância com a conjuntura de luta e resistência contra o regime militar e as desigualdades e injustiças sociais provocadas pelo sistema vigente.