A dimensão educativa do pensamento e da ação de D. Adriano Hypólito nas lutas sociais da Baixada Fluminense no período da ditadura militar (1964-1985)
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12995 |
Resumo: | No trabalho intitulado como "A dimensão educativa do pensamento e da ação de D. Adriano Hypólito nas lutas sociais da Baixada Fluminense no período da ditadura militar (1964-1985)", investigamos desde a formação do pensamento da Igreja Católica no Brasil, sua participação na educação colonial, imperial e republicana até o momento que corresponde à tomada de decisão por parte da alta hierarquia eclesiástica, em função da conjuntura a qual foi impulsionada a coexistir, em optar pelos mais pobres da sociedade. Durante a primeira metade do século XX a Igreja com seu caráter conservador busca os meios mais influentes para aliar-se e assim tomar para si uma importância na participação ativa da sociedade, quer seja no âmbito dos meios formais de educação como escolas e seminários, até nos meios informais como a mídia impressa, radiofônica e televisiva. A formação política passou a ter uma importância para a Igreja na medida que observando conjuntura da América Latina, percebe-se que as classes menos abastadas da sociedade sofriam com a injustiça e desigualdade social. Foi desta maneira que surgiram alguns setores da Igreja Católica que, fortalecidos pelo Concílio Vaticano e as Conferências de Medellín e Puebla, buscaram formas mais ativas de atuação política na mobilização e politização das massas, unindo fé à luta por justiça social. Neste contexto que surgiu a figura do Bispo Dom Adriano Mandarino Hypólito na Baixada Fluminense, quando no ano de 1966, já observando a estrutura política montada após o golpe de 1964, assumiu a Diocese de Nova Iguaçu e aderiu o movimento denominado Teologia da Libertação e passou a ter uma postura de liderança diante dos movimentos sindicais, sociais, e dos leigos e religiosos que buscavam igualdade social e melhorias nos setores mais importantes da sociedade como a educação, saúde, saneamento básico, reforma agrária e política, etc. A participação do bispo de Nova Iguaçu fez com que os setores conservadores da própria Igreja reagissem contra seu bispado, assim como o governo militar vigente e a elite econômica, buscando terminar com a onda de conscientização política do povo, instrumentalizada por organizações como as Comunidades Eclesiais de Base e Movimento Amigos de Bairro, estes que tiveram a orientação e financiamento pela Igreja proposta pelo bispado de Dom Adriano em consonância com a conjuntura de luta e resistência contra o regime militar e as desigualdades e injustiças sociais provocadas pelo sistema vigente. |