Modificação térmica e seus efeitos nas propriedades da madeira de Pinus caribaea var. Caribaea, Khaya ivorensis e Corymbia citriodora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Conceição, Fagner Pinheiro da lattes
Orientador(a): Nascimento, Alexandre Miguel do lattes
Banca de defesa: Nascimento, Alexandre Miguel do lattes, Batista, Djeison Cesar lattes, Lelis, Roberto Carlos da Costa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
ATR
DRX
XRD
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19871
Resumo: Pode-se utilizar a modificação térmica para melhorar algumas propriedades da madeira somente com o uso de calor. Com isto, o objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos da modificação térmica nas propriedades físicas, químicas e de dureza Janka nas espécies Pinus caribaea var. caribaea, Khaya ivorensis e Corymbia citriodora. Para tanto, o material foi processado nas temperaturas de 160 °C, 180 °C e 200 °C, analisando-se também o controle. Após o processo, as propriedades físicas (densidade, umidade de equilíbrio, taxa de absorção de água e retratibilidade) foram avaliadas pela norma 7190/97 da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. A dureza Janka foi a única propriedade mecânica analisada. Foi determinado o teor de extrativos e foram avaliadas por espectroscopia na faixa do infravermelho por transformada de Fourier – FTIR, em equipamento Perkin-Elmer Spectrum 100 no modo ATR. Para quantificar a cristalinidade da celulose as amostras foram analisadas utilizando Difratômetro de Raios-X – DRX com equipamento Bruker-AXS D8 Advance Eco. Conforme os resultados, as madeiras foram afetadas diferentemente quanto as propriedades físicas estudadas. A densidade aparente altera na temperatura maior igual a 180°C e o teor de umidade de equilíbrio acima ou igual a 160°C. A taxa de absorção só foi afetada pelo tratamento térmico nas madeiras de folhosas. As retrações da madeira de pinus e Khaya se diferenciaram nos tratamentos com 180°, para o C. citriodora já na temperatura de 160°C. Rachaduras visíveis foram notadas na madeira de C. citriodora especialmente nas amostras cortadas tangencialmente. Dureza da madeira melhorou na temperatura de 160°C, menos para o C. citriodora devido ao efeito das rachaduras. A madeira de pinus apresentou menor ângulo de contato e maior espalhamento da gota séssil, com maiores ângulos nas superfícies oxidadas e modificadas termicamente aumentando com a elevação da temperatura do processo, quando gotejado da direção tangencial (plano radial), e inverso ocorrendo quando gotejado na direção radial (plano tangencial). Quanto a cristalinidade da celulose maiores valores percentuais foram obtidos nas folhosas na temperatura de 200°C e na conífera a 160°C. Algumas amostras apresentaram degradação e consequente redução da cristalinidade, consequência da degradação de extrativos ou de cadeias hemicelulósicas e celulósicas pequenas. A espécie Corymbia citriodora foi a mais afetada pela temperatura de tratamento térmico em ambas as direções, radial e tangencial.