Taxonomia e ecologia de coccídios de aves silvestres do sudeste brasileiro: identificação molecular de Isospora spp. (Apicomplexa: Eimeriidae) no Parque Nacional do Itatiaia, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Jhon lennon Genovez de lattes
Orientador(a): Berto, Bruno Pereira
Banca de defesa: Berto, Bruno Pereira, Lopes, Carlos Wilson Gomes, Cardozo, Sergian Vianna, Lima, Viviane Moreira de, Thode Filho, Sérgio
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10756
Resumo: Os coccídios (Apicomplexa: Eucoccidiorida) são protozoários parasitas frequentemente observados em amostras fecais de aves silvestres, os quais têm extrema importância para a biodiversidade, especificidade hospedeira e conservação. O presente estudo teve como objetivo identificar morfologicamente e molecularmente coccídios de aves silvestres capturadas no Parque Nacional do Itatiaia, que é uma área protegida com alto grau de vulnerabilidade no interior do Estado do Rio de Janeiro. Foram capturados e identificados 76 pássaros de 2 famílias distintas. Duas espécies de coccídios foram identificadas: Isospora sepetibensis Berto, Flausino, Luz, Ferreira, Lopes, 2008 do novo hospedeiro Trichothraupis melanops (Vieillot, 1818) (Passeriformes: Thraupidae) e Isospora massardi Lopes, Berto, Luz, Galvão, Ferreira, Lopes, 2014 de novos hospedeiros Turdus spp. (Vieillot, 1818) (Passeriformes: Turdidae). Os oocistos destas espécies foram morfologicamente semelhantes a descrição original, porém, em I. massardi, os oocistos exibiram diferentes padrões de tamanho associados a cada hospedeiro Turdus spp. A análise molecular foi conduzida no gene da subunidade 1 da citocromo c oxidase (COI) e no gene nuclear para o RNA da subunidade menor do ribossomo (18S). Isospora sepetibensis é o primeiro parasita coccidiano de um traupídeo do Novo Mundo a ter uma identificação molecular do gene COI . Isospora massardi exibiu uma diferença genotípica de 3% nas sequências de COI entre Turdus spp., a qual fundamentou uma discussão ecológica que associa as diferenças morfométricas e genotípicas a um processo de co-especiação parasita-hospedeiro.