Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Campos, Thaís de Oliveira
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Orientador(a): |
Chaer, Guilherme Montandon
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Banca de defesa: |
Chaer, Guilherme Montandon,
Lima, Erica Souto Abreu,
Resende, Alexander Silva de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11382
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Resumo: |
No Brasil, a possibilidade de geração de grandes quantidades de biossólido provenientes de estações de tratamento de esgoto nos próximos anos tem causado preocupação devido ao alto custo de sua disposição final em aterros sanitários. Soluções alternativas para sua reciclagem têm sido avaliadas sendo a mais promissora o uso do biossólido como adubo orgânico em atividades agrícolas e florestais. Entretanto, pela possibilidade de conter em sua composição, diversos poluentes, especialmente metais pesados, o uso continuado e sem critérios técnicos na agricultura ou atividade florestal pode resultar em aumento nos teores desses elementos no solo e no risco de contaminação de águas subterrâneas. Portanto, é necessário conhecer a dinâmica no solo dos metais pesados aportados via biossólido, a fim de direcionar o seu uso de forma ambientalmente segura. Um experimento foi conduzido em casa de vegetação na Embrapa Agrobiologia, Seropédica, RJ, visando determinar a lixiviação de íons em um Latossolo Amarelo Distrófico de textura argilosa e em um Planossolo Háplico de textura arenosa, ambos condicionados com biossólido fornecido pela Estação de Tratamento de Esgoto da Ilha do Governador, Rio de Janeiro. Os solos foram acondicionados em colunas de PVC de 50 cm de comprimento e 10 cm de diâmetro e receberam doses de biossólido de 0, 0,5, 1 e 2 L/coluna. Um quinto tratamento consistiu na aplicação de uma formulação de fertilizantes minerais de modo a suprir macronutrientes em quantidades equivalentes à presente na dose de 1 L de biossólido. Foi aplicada uma lâmina de 140 mm por coluna, em volumes de 200 ml (23,3 mm), em intervalos de 2 horas durante 24 h. Procedeu-se à aplicação subsequente de 200 ml diariamente por aproximadamente 45 dias. Após cada adição de água, o lixiviado foi coletado e armazenado para análise. Foram avaliadas no lixiviado a condutividade elétrica (CE), e os teores de As, Ba, Cd, Cr, Cu, Ni, Pb, Zn, B, Co, Fe, Mn, Ag, Se, NO3-, PO43-, Al, Sb, V, Ca, K, Mg, SO42- e Na. A CE no tratamento com fertilização mineral se mostrou superior a todos os demais nos dois tipos de solo. As lixiviações de As, Cd, Cr, Ni, Zn, B, Co, Mn, Ag, Se, PO43-, K, Mg e SO42- foram superiores no tratamento com fertilizante mineral em relação ao biossólido em ambos os solos. Ao contrário, os teores de nitrato, bário, cálcio e sódio lixiviados foram superiores nos tratamentos onde houve aplicação de biossólido. Não foi observada lixiviação de vanádio. As concentrações de metais pesados presentes na composição do biossólido estiveram abaixo do limite estabelecido pela legislação (Resolução CONAMA 375/2006) para uso agrícola e florestal do resíduo. Com relação ao potencial de contaminação do solo ou de águas subterrâneas e superficiais, as simulações realizadas mostraram a inexistência de riscos, tendo como base os limites admitidos pela legislação. Contudo, deve-se ressaltar o potencial de lixiviação de nitrato do biossólido, o qual apesar de se mostrar abaixo dos limites da legislação podem conferir potencial risco de contaminação de águas subterrâneas se doses acima de 10 m3/ha forem aplicadas ao solo |