Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Naiara de Miranda Bento
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Orientador(a): |
Coelho, Shana de Mattos de Oliveira
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Banca de defesa: |
Moreira, Beatriz Meurer,
Santos, Huarrisson Azevedo |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11910
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Resumo: |
A mastite bovina afeta negativamente a produção de leite dificultando a recuperação dos níveis de produção total das propriedades leiteiras, levando a perdas econômicas consideráveis. Esta redução no percentual da produção de leite pode estar associada ao agente patogênico específico que causou a infecção, sendo as enterobactérias frequentemente responsáveis pela mastite ambiental. Estes microrganismos são preferencialmente encontrados no habitat normal dos animais como locais que apresentam esterco, urina, barro e camas orgânicas. Os testes fenotípicos estão entre os métodos disponíveis atualmente utilizados para identificar as enterobactérias; no entanto, eles podem ocasionalmente identitificar erroneamente algumas espécies apesar dos múltiplos ensaios realizados. Além disso, a demora na sua execução pode tardar a antibioticoterapia realizada em campo. Por outro lado, a técnica de MALDI-TOF MS tem atraído a atenção pela sua identificação precisa dos vários microorganismos em nível de espécie. No presente estudo, um total de 183 enterobactérias foram isoladas a partir de amostras de leite (n=47) e fezes colhidas de vacas em lactação (n=94); amostras de água (n=23) e na linha de ordenha (n=19) em uma propriedade situada no Rio de Janeiro. A proposta foi utilizar a técnica de MALDI-TOF MS como um método eficaz de identificação bacteriana de enterobactérias e descrever a permanencia destes microrganismos no ambiente de produção leiteira. A técnica proteômica confirmou 92,9% (170/183) das espécies de enterobactérias identificadas pelos testes bioquímicos convencionais. O sequenciamento do gene gyrB, realizado em oito das 13 enterobactérias que apresentaram identificação discordante, confirmou em 100% o resultado da técnica proteômica, que foi utilizada como metodologia de referência no presente estudo. O gênero Enterobacter foi o mais discordante pelo método bioquímico (76,9%, 9/13). A E.coli foi a espécie predominante (83%, 152/183) em todas as amostras avaliadas, sendo que o leite bovino apresentou maior diversidade de enterobactérias. Não foi detectada a presença de Salmonella spp. nas amostras de fezes bovinas e todas as amostras de água dos diferentes pontos de coleta da propriedade apresentaram padrões microbiológicos inaceitáveis. Foram isoladas enterobactérias das mãos e cavidades nasal dos ordenhadores, bem como nas ordenhadeiras mecânicas utilizadas na propriedade. Estes dados visam contribuir de forma significativa para a caracterização das enterobacterias bem como para a compreensão e sua descrição no ambiente de produção leiteira, auxiliando no diagnóstico preciso dos possíveis agentes envolvidos na mastite bovina bem como na implementação de medidas profiláticas devidamente direcionadas. |