Pequenos roedores como hospedeiros das espécies do gênero Rickettsia em áreas endêmicas para Febre Maculosa na mesorregião de Campinas, Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Souza, Celso Eduardo de lattes
Orientador(a): Fonseca, Adivaldo Henrique da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11896
Resumo: A febre maculosa brasileira (FMB) é uma doença infecciosa aguda e tem como agente etiológico a Rickettsia rickettsii que é uma bactéria gram negativa intracelular obrigatória e transmitida através da picada de carrapatos infectados. Na epidemiologia da febre maculosa, os hospedeiros amplificadores em geral são animais silvestres, os quais exercem função importante por desenvolverem rickettsemia temporária. Este estudo teve como objetivos estudar a ocorrência de anticorpos da classe IgG anti Rickettsia spp. do grupo da febre maculosa no soro dos pequenos roedores silvestres, detectar através da PCR a presença de espécies de Rickettsia do grupo da febre maculosa em fragmentos de baço dos roedores e esclarecer a participação destes animais como hospedeiros amplificadores de R. rickettsii em áreas endêmicas na região de Campinas estado de São Paulo. Foram selecionados os municípios de Jaguariúna, Pedreira e Piracicaba por situarem-se em área endêmica e com registro de casos em seres humanos. Foram utilizadas um total de cem armadilhas tipo Sharm distribuídas em linhas. Um total de 222 roedores das seguintes espécies foram capturadas: 35 (15,6%) Akodon sp, 61 (27,1%) Necromys lasiurus, 35 (15,6%) Calomys tener, 19 (8,4%)Mus muscullus, 1 (0,4%) Nectomys squamipes, 63 (28,0%) Oligoryzomys nigripes, 1 (0,4%) Oxymycterus nigripes e 7 (3,1%) Rattus rattus. Todos os roedores foram examinados, mas nenhum carrapato foi encontrado. Foram analisados um total de 186 soros para detecção de anticorpos da classe IgG anti- Rickettsia rickettsii, R. parkeri, R. felis, R. amblyommii, R. rhipicephalus e R. bellii. Verificou-se que 39 (20,97%) dos soros foram reativos a pelo menos para uma das espécies Rickettsia com títulos variando de 1:64 a 1:512 e 147 (79,03%) foram negativos. A prevalência de anticorpos da classe IgG anti R. rickettsii encontrada nestes roedores foi de 9,34%. Dos 186 animais examinados apenas 17 foram positivos, destes, 15 animais apresentaram títulos de 1/64 e apenas um animal reagiu até o título de 1/512. Foram processados 182 baços pela técnica da PCR e não foi detectado Rickettsia spp. em nenhum deles. Diante dos resultados apresentados podemos concluir que os pequenos roedores não são os hospedeiros amplificadores de Rickettsia do grupo da Febre Maculos na área estudada.