Percepção do consumidor em relação à inovação em queijos frescais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Barros, Cássia Pereira lattes
Orientador(a): Rosenthal, Amauri
Banca de defesa: Deliza, Rosires, Cruz, Adriano Gomes da, Walter, Eduardo Henrique Miranda, Santos, Karina Maria O. dos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11096
Resumo: A crescente demanda por alimentos saudáveis vem estimulando a inovação e o desenvolvimento de novos produtos na indústria de alimentos em todo mundo. As inovações, tanto em termos tecnológicos como de formulação devem ser consideradas sob o ponto de vista do consumidor, uma vez que a sua aceitação é fundamental para a introdução desses novos produtos no mercado. É relevante investigar como elas são percebidas, bem como a intenção de compra desses produtos inovadores pelos consumidores. Este estudo teve como objetivo investigar a percepção do consumidor em relação à inovação em queijo frescal. Como inovação foi considerado a tecnologia empregada no processo, alta pressão hidrostática, (APH), ser probiótico e a redução de sal. O estudo foi dividido em duas etapas: uma abordagem qualitativa (grupos focais) que visou identificar os fatores considerados mais importantes na decisão de compra de queijo frescal, e uma abordagem quantitativa, onde a análise conjunta foi aplicada para determinar os valores de utilidade para os diferentes níveis dos fatores selecionados e a importância relativa desses fatores na intenção de compra do produto. Foram realizadas três sessões de grupos focais com cerca de 80 minutos cada, com um total de 22 participantes consumidores de queijo Minas frescal. Seis queijos frescais foram usados nas sessões para estimular a discussão entre os participantes: um sem adição de sal, três com a alegação "contém micro-organismos probióticos" e dois produzidos com leite de cabra. Os fatores identificados no estudo foram: teor de sal, tipo de leite, probiótico, informação adicional sobre a tecnologia utilizada no processamento do leite e preço. A partir deles foi planejado o estudo quantitativo, definidos os níveis dos referidos fatores e criados 12 rótulos, seguindo um delineamento fatorial fracionado, os quais foram avaliados por 150 consumidores de queijo frescal. Os resultados revelaram o tipo de leite como fator de maior importância relativa (IR). De uma forma geral, o queijo frescal produzido com leite de vaca (IR 35,16%), probiótico (IR 19,86%), com redução de 50% de sal (IR 18,62%), pressurizado com informação adicional sobre os benefícios da tecnologia empregada (IR 16,02%) e preço baixo (IR 10, 34%) foi o produto com maior intenção de compra. Conclui-se que os consumidores estão interessados em alegações nutricionais e de saúde para uma melhor compreensão dos benefícios dos alimentos e para ajudar a escolher produtos mais saudáveis. As percepções dos consumidores sugerem implicações importantes para o desenvolvimento de estratégias de marketing mais eficazes para o queijo frescal.