Fauna do solo como bioindicador no processo de revegetação de áreas de mineração de bauxita em Porto Trombetas-PA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Moreira, Joventino Fernandes lattes
Orientador(a): Resende, Alexander Silva de
Banca de defesa: Anjos, Lúcia Helena Cunha dos, Chaer, Guilherme Montadon, Gama-Rodrigues, Emanuela Forestieri da, Franco, Avílio Antônio
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9036
Resumo: Bioindicadores são frequentemente utilizados para estudos de avaliação da qualidade ambiental, como no monitoramento de áreas degradadas e de processos de recuperação, uma vez que estão intimamente associados a características específicas da paisagem e respondem às mudanças ambientais por meio de alterações na composição e estrutura das comunidades. Neste sentido, o estudo do comportamento de organismos edáficos pode contribuir significativamente para a avaliação da qualidade ambiental assim como de estratégias e processos destinados à recuperação e reabilitação de áreas que sofreram algum tipo de degradação. Este trabalho teve por objetivo acompanhar a colonização da comunidade da fauna edáfica em áreas degradadas pela mineração de bauxita e revegetadas com a mistura de espécies nativas e leguminosas arbóreas e arbustivas em Porto Trombetas-PA. As amostragens foram feitas nos anos 2000, 2002, 2003, 2004 e 2008 em reflorestamentos de diferentes idades plantados sobre material estéril com e sem cobertura de solo superficial e em plantios em tanque de rejeito da lavagem da bauxita. Os indivíduos foram capturados em armadilhas do tipo “pitfall” e triados no Laboratório de Fauna de Solo da Embrapa Agrobiologia. Os parâmetros usados para avaliação foram: a abundância, a riqueza, o índice de diversidade Shannon, o índice de Equabilidade de Pielou e o padrão de colonização dos indivíduos da fauna do solo. Os perfis da fauna do solo foram obtidos pelo ordenamento multivariado através da técnica de escalonamento multidimensional não métrico (NMS) e a resposta da comunidade de fauna edáfica às variações ambientais foram avaliadas por meio de curvas de respostas principais (PRC). Os resultados mostraram que a idade do plantio e a disponibilidade de nutrientes foram fatores determinantes na recomposição da comunidade de fauna de solo, a qual foi maior nos reflorestamentos de 1984, 1992 e 1994 no estéril e nas áreas do tanque de rejeito que receberam maiores quantidades de fertilizantes. Nessas áreas, o desenvolvimento da vegetação levou à maior colonização e a melhor estruturação da comunidade de fauna edáfica, aumentando a sua diversidade e o restabelecimento de processos ecológicos.