Samba de escola: o uso dos conceitos de memória e identidade para a educação das relações étnico-raciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Andrade, Fabricio Castilho Nunes de lattes
Orientador(a): Costa, Carlos Eduardo Coutinho da
Banca de defesa: Costa, Carlos Eduardo Coutinho da, Miranda, Clicea Maria Augusto de, Ribeiro, Regina Maria de Oliveira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ensino de História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15017
Resumo: Historicamente marginalizada, em decorrência da forma da sua inserção na modernidade atlântica e luso-brasileira, a população negra do Brasil tem ensejado então, desde o fim da experiência da escravidão uma notável busca por inclusão social. A questão educacional tem sido um ponto central dentro da sua estratégia de luta por ascensão, inicialmente a luta focou na busca por acesso a esse tipo de serviço, chegando ao ponto culminante, mais recentemente, da exigência de uma revisão pedagógica que garanta maior espaço e reconhecimento às populações negras como parte integrante e importante da construção da sociedade e cultura brasileiras. Tal luta por inclusão e visibilidade se materializou na elaboração da lei 10639 de 2003 que estabeleceu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira nas escolas do Brasil. Atentos a necessidade colocada pela lei e o papel que a história possui na sociedade, procuramos fazer uma crítica do currículo da educação básica, extremamente marcado por uma visão eurocêntrica, excludente e subalternizadora das identidades negras. A partir disso, utilizando o conceito de cultura histórica em Jorn Rüsen, buscamos no diálogo da história escolar com a música, como instrumento didático, maneiras de fomentarmos e visibilizarmos memórias e manifestações culturais negras que permitissem resgatar, valorizar e fortalecer identidades afrodescendentes. Dessa forma, buscamos caminhar ao encontro de uma interculturalidade crítica, contribuindo para a democratização do espaço escolar e da transformação da própria sociedade, muito mais inclusiva, democrática e valorizadora das diferenças.