Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Soleiro, Carla Alves
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Orientador(a): |
Rosa, Carlos Alberto da Rocha
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Banca de defesa: |
Dalcero, Ana,
Keller, Kelly Moura,
McIntosh, Douglas,
Coelho, Irene da Silva,
Rubinstein, Héctor Ramón |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9820
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Resumo: |
Algumas espécies do gênero Aspergillus podem causar doenças em humanos e animais como agente etiológico ou pela produção de metabólitos secudários, as micotoxinas. A contaminação por essas toxinas é um problema na produção de alimentos e no armazenamento destes. A gliotoxina possui vários papéis imunossupressivos além de poder estar envolvida no início do proceso infeccioso causado por A. fumigatus. Na natureza, parte da atividade enzimática necessária para o aproveitamento da matéria orgânica é realizada por fungos filamentosos, e elas têm grande importância fisiológica. Aspergillus fumigatus é o agente etiológico mais implicado na Aspergilose Invasiva (AI) humana, no entanto a identificação dessa espécie tem sido baseada nas características morfológicas, muitas vezes de forma errônea. Ultimamente, têm sido desenvolvidos métodos de identificação de fungos toxígenos baseados em técnicas moleculares. Os objetivos desse estudo foram: avaliar a capacidade de cepas de A. fumigatus isoladas de diferentes origens produzirem gliotoxina; estabelecer as diferenças enzimáticas entre elas, e identificar geneticamente essas cepas, além de estabelecer possíveis influências que as diferentes origens pudessem exercer sobre essas cepas. Foram utilizadas 53 cepas identificadas morfologicamente por A. fumigatus pertencentes ao Núcleo de Pesquisas Micológicas e Mitoxicológicas, isoladas de ração para consumo animal, cereais, silagens, amostras clínicas humana e animal. Para detecção e quantificação da capacidade de produção de gliotoxina foi utilizada a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, as análises enzimáticas foram qualitativas e a caracterização genética foi realizada através da técnica Polymerase Chain Reaction - Restriction Fragment Length Polymorphism (PCR-RFLP). Foi utilizada a Análise em Componentes Principais expressa em gráficos Biplot. Foi possível detectar a produção de gliotoxina em todas as cepas isoladas de silagem de milho, amostras clínicas humana e animal. As cepas isoladas de amostras clínicas humanas e de silagem de milho foram as que mais produziram gliotoxina. A presença de açúcar redutor na hidrólise do amido sofreu influência do tempo, já que este foi constatado aos 14 dias em 86 % das cepas de silagem de sorgo, 100 % das amostras clínica humana e 75 % das amostras clínica animal. Houve uma diferença nos resultados quanto a produção de celulase, já que no papel filtro apenas uma cepa foi negativa, enquanto dez cepas a produziram no agar carboximetilcelulose. Quanto a produção de caseinase, 23 % produziram essa enzima. As cepas isoladas de origem clínica (animal e humana) foram as que mais apresentaram capacidade para hidrolisar a gelatina. As cepas de origem clínica animal (isolada do úbere da vaca com mastite bovina) foram melhores caracterizadas pela variável produção de caseinase, enquanto as cepas de amostras clínica humana e as de silagem de milho foram melhores caracterizadas pela variável produção de gliotoxina. Todas as cepas morfologicamente identificadas como A. fumigatus produziram um padrão de bandas correspondente a identificação da espécie A. fumigatus strictu sensu pelo corte in silico e pela técnica de PCR-RFLP. |