Pau-brasil: os diferentes significados dos discursos de conservação - séculos XIX e XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lima, Josemara Salles lattes
Orientador(a): Alimonda, Héctor Alberto lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11686
Resumo: Neste trabalho foram analisadas fontes de documentação textuais com discursos produzidos desde o início do século XIX até a década de 1970. O objeto de estudo foram os discursos que denotam preocupação de uma árvore na natureza. O estudo teve como objetivo saber qual o sentido (ou os sentidos) dessa preocupação. Por que era importante manter aquela espécie vegetal? Dessa maneira, fontes que trataram exclusivamente da questão da sua presença na mata foram analisadas. Durante três séculos de exploração, o pau-brasil foi importante e viável comercialmente, mas no início do XX era tão raro que foi considerado extinto e sua principal utilidade tinha sido superada pela invenção dos corantes artificiais. Mas a árvore já tinha lugar garantido nos livros didáticos de história, em lugares públicos e, na década de 1970, foi declarada árvore nacional. As hipóteses preliminares eram que no século XIX, o pau-brasil seria visto como apenas mais um item de exploração e comércio, cuja conservação atendia interesses puramente econômicos. Nos discursos do início do século XX, a árvore seria considerada praticamente extinta na natureza e vista como um elemento que deveria ser mantido materialmente em espaços públicos como exercício de memória. As medidas governamentais tomadas em relação à árvore nas décadas de 1950 a 1970, não possuiriam como argumento principal a preservação ambiental, a árvore era vista como um elemento representativo das riquezas nacionais e importante para a história do país.