Estrutura e composição morfológica do dossel de pastagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu manejadas sob intervalos entre desfolhas fixo e variável

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Jordão, Alisson Rodrigues lattes
Orientador(a): Abreu, João Batista Rodrigues de lattes
Banca de defesa: Paciullo, Domingos Sávio Campos, Carvalho, Carlos Augusto Brandão de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14806
Resumo: Nos sistemas de produção animal que utilizam o pastejo, as variações nas características estruturais do dossel forrageiro podem ser determinadas pela estratégia de manejo utilizada, e sob pastejo rotativo, o uso de período de descanso flexível, conforme a interceptação luminosa pode determinar maior acúmulo liquido de forragem e redução da proporção de colmos e material morto, aumentando a eficiência de colheita de forragem pelos animais. Neste contexto, o presente estudo objetivou avaliar os efeitos de regimes de lotação intermitente caracterizados por intervalos entre desfolhas fixo ou variáveis conforme a interceptação luminosa de 95%, sobre a estrutura do dossel forrageiro e composição morfológica da forragem em pastagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu. O experimento foi conduzido no Campo Experimental de Coronel Pacheco (CECP), da EMBRAPA Gado de leite, no município de Coronel Pacheco – MG, de março a junho de 2009, com duração de 95 dias. O experimento foi realizado seguindo um delineamento de blocos completos casualizados com duas repetições de área. Os tratamentos corresponderam a estratégias de pastejo rotativo caracterizadas pela entrada dos animais nos piquetes quando estes apresentavam 95% de interceptação luminosa pelo dossel e o outro com intervalo entre desfolhas fixo de 30 dias, ambos alocados em piquetes com área média de 820 m2 cada. Em ambos os tratamentos a altura do resíduo pós-pastejo estabelecia foi de 25 cm. As variáveis estudadas foram: freqüência de desfolhas, altura, massa de forragem, densidade volumétrica e composição morfológica da forragem. A estratégia de pastejo definida pela IL de 95%, devido a sua maior freqüência, apresentou menores intervalos entre desfolhas (IED), refletindo em uma menor produção de massa seca de forragem por ciclo de pastejo em relação à estratégia com IED fixo de 30 dias, porém com maior número de ciclos de pastejo que o intervalo fixo. No geral, as médias de altura do dossel na condição de pré-pastejo decresceram em ambas as estratégias de manejo durante o período experimental, reflexo da diminuição das condições favoráveis ao crescimento das plantas. A estratégia baseada na IL de 95% permitiu manter a altura do resíduo pós-pastejo mais próxima da meta estabelecida (25 cm) com maior controle sobre a atividade reprodutiva das plantas, em comparação com aquela baseada em 30 dias fixos. Não foi verificada diferença na massa seca de lâminas foliares entre as estratégias de pastejo na condição de pré-pastejo. O manejo baseado na IL de 95% resultou em uma maior massa seca de lâminas foliares no resíduo pós-pastejo com conseqüente aumento da freqüência de pastejo. A estratégia de pastejo com IED definido por 30 dias fixos apresentou uma maior participação de colmos e material morto na massa de forragem nas condições de pré e pós-pastejo, em relação à estratégia com 95% de IL. Dessa forma, o manejo dos pastos com IED definidos por 95% de IL permite um controle mais efetivo da estrutura do dossel forrageiro e uma melhor composição morfológica dos mesmos para os sistemas de produção vegetal e animal, mesmo em épocas de condições climáticas desfavoráveis.