Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Borges, Debora Azevedo
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Orientador(a): |
Scott, Fabio Barbour
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Banca de defesa: |
Scott, Fabio Barbour,
Azevedo, Thais Ribeiro Correia,
Labarthe, Norma Vollmer,
Reck, José,
Albuquerque, George Rego |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9709
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Resumo: |
O carrapato Amblyomma sculptum é conhecido pelo fato de sua picada causar lesões extremamente pruriginosas e por ser a espécie transmissora da bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da Febre Maculosa Brasileira no homem. Qualquer uma de suas fases parasitárias podem ser encontradas em animais domésticos, selvagens e até mesmo no homem, mas a capivara é um de seus hospedeiros preferenciais. Devido à semelhança da capivara com porquinhos-da-índia, esta segunda espécie foi utilizada para a execução desse trabalho em substituição à primeira. O objetivo geral desse trabalho foi avaliar a eficácia do fluazuron no controle do carrapato A. sculptum em porquinhos-da-índia infestados artificialmente com larvas do carrapato. Para isso, o trabalho foi dividido em seis etapas que ocorreram de forma cronológica (Estudo I ao VI). No Estudo I foi determinada a influência de três diferentes doses de fluazuron administrado por gavagem na concentração plasmática e na eficácia no controle de A. sculptum em porquinhos-da-índia. No Estudo II foi realizada a farmacocinética descritiva do fluazuron após sua administração por gavagem para porquinhos-da-índia. Com os resultados obtidos nos dois primeiros estudos, no Estudo III, foram desenvolvidas diferentes formulações em isca que passaram por avaliações das características organolépticas e de resistência à diferentes temperaturas e umidades. O fluazuron foi incorporado na formulação escolhida, que passou por testes de uniformidade de dose. Em seguida, foi realizado o Estudo IV para avaliar a palatabilidade da formulação desenvolvida para porquinhos-da-índia, onde foram oferecidas iscas contendo (grupo tratado) e não contendo (grupo placebo) fluazuron. No Estudo V as iscas foram administradas para porquinhos-da-índia para determinar a farmacocinética descritiva do fluazuron, seguindo a mesma metodologia aplicada no Estudo II. Por fim, a última etapa (Estudo VI), determinou a eficácia da isca contendo fluazuron administrada para porquinhos-da-índia no controle do carrapato A. sculptum. Nesta etapa, os animais foram divididos em grupos onde cada um recebeu a isca contendo fluazuron em dose única em dias experimentais pré-infestação distintos. No Estudo I, os resultados de eficácia mostraram que mesmo a dose mais baixa alcançou 100% de eficácia contra a muda das larvas ingurgitadas. Quanto a biodisponibilidade plasmática, ocorreu um aumento na concentração plasmática de fluazuron com o aumento da dose no dia +1. No entanto, do dia +4 até o último dia de avaliação (+21), as concentrações plasmáticas médias não diferiram significativamente entre os grupos. Nos Estudos II e V, as concentrações plasmáticas de fluazuron aumentaram rapidamente, indicando absorção rápida e eliminação lenta. Os resultados permitiram o desenvolvimento de uma isca resistente à diferentes temperaturas e umidade, a qual o fluazuron foi incorporado e aprovado nos testes de uniformidade de dose (Estudo III). No Estudo IV as iscas placebo e tratado foram palatáveis para porquinhos-da-índia em, pelo menos, 92% das vezes. A eficácia obtida das iscas foi 64,99% para os animais tratados 21 dias antes da infestação, de 61,88% para os animais tratados 14 dias antes da infestação e de 59,31% para os animais tratados 7 dias antes da infestação. O fluazuron foi eficaz no controle do carrapato A. sculptum em porquinhos-da-índia. |