Topoquímica e abordagem sobre a estrutura e a conectividade lignina-fenol-parede celular em Euterpe oleracea Mart. (Arecaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Gisely de Lima lattes
Orientador(a): Abreu, Heber dos Santos
Banca de defesa: Abreu, Heber dos Santos, Lelis, Roberto Carlos Costa, Barros, Cláudia Franca
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11217
Resumo: Euterpe oleracea Mart. é uma palmeira denominada popularmente por açaí, possui caule cespitoso, ereto ou inclinado, que tem várias utilizações, tais como: alimentação humana (palmito e xarope de açaí), fabricação de casas, ração animal, arborização, medicina caseira e corante natural. Atualmente, vem atraindo o interesse dos pesquisadores por ser uma fonte valiosa de matéria-prima lignocelulósica florestal com fins energéticos. A determinação da natureza das interações entre lignina-fenol-parede celular é primordial para compreender a biogênese e a degradação desse material. O presente estudo teve como objetivos caracterizar a estrutura anatômica, a distribuição topoquímica da lignina e conectividade lignina-fenol-parede celular (ácido p-cumárico) das fibras nos caules de E. oleracea. Para o estudo anatômico e avaliação do processo de lignificação foram utilizados indivíduos jovens e adultos (parte interna e parte externa), processados de acordo com técnicas usuais em microscopia óptica, microscopia de fluorescência e microespectroscopia no infravermelho. Também foram realizadas análises espectroscópicas no infravermelho, CLAE e RMN de 13C. As observações anatômicas no caule jovem indicaram que E. oleracea Mart. possui epiderme uniestratificada recoberta por cutícula espessa, dois estratos subepidérmicos formados por células parenquimáticas e fibras que formam uma pequena calota, apresentando paredes bem espessas com lume reduzido que separam os elementos de tubo crivado e as células companheiras em dois grupos. Através dos testes histoquímicos e da microespectroscopia no infravermelho foi possível verificar que a lignificação inicia-se na lamela média e nos ângulos comuns às células. Os espectros de IV apresentaram sinais indicativos de lignina do tipo guaiacíla, siringíla e cumaríla, com os sinais 1352-1341 cm-1 e 1282 cm-1. A espectroscopia de infravermelho, juntamente com as análises de RMN de 13C e CLAE permitiram verificar as concentrações de ácido p-cumárico em todas as amostras na espécie estudada, indicando que este está ligado a parede celular por ligação éster.