Concentrações de mercúrio em peixes de diferentes níveis tróficos na bacia do rio Paraíba do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Fracalanza, Fernanda Pontual lattes
Orientador(a): Araújo, Francisco Gerson lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11383
Resumo: As concentrações de mercúrio total, mercúrio orgânico e mercúrio inorgânico no tecido muscular de duas espécies de peixes (Geophagus brasiliensis - onivoro e Oligosarcus hepsetus - carnívoro) foram determinadas visando avaliar o uso destas como indicadores de poluição na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul. Foram comparados teores de Hg entre os níveis tróficos e entre diferentes locais da bacia, bem como entre dois reservatórios sob diferentes impactos (Santa Branca e Funil). Adicionalmente, os níveis de contaminação foram associados às características do microhabitat visando o entendimento dos processos de bioacúmulo. Os peixes carnívoros absorveram mais mercúrio em todos os locais, um indicativo da capacidade de biomagnificação. O reservatório do Funil, e as áreas de altitude a montante parecem ter atuado como fontes receptoras incrementando os processos de organificação. Os teores orgânicos de mercúrio foram bem mais elevados do que os inorgânicos que foram baixos ao longo de todos os locais. Ênfase foi dada às correlações peso-comprimento dos indivíduos especialmente em áreas de cabeceira, onde peixes adultos de baixo peso atingiram concentrações de mercúrio orgânico elevadas. Observaram-se as maiores concentrações de mercúrio orgânico nas duas espécies de peixes em substrato rochoso o que sugere a importância da comunidade perifítica local (epiliton) como prováveis agentes metiladores, bem como as condições oligotróficas dessas áreas que pode favorecer que o mercúrio local disponível possa ser bioacumulado pela comunidade de peixes. Áreas densamente industrializadas como São José dos Campos e Volta Redonda apresentaram concentrações muito baixas de ambas as frações de mercúrio o que pode estar associado à presença de turfas e maior quantidade de argila e lama.