Reações multicomponentes como estratégia sintética para obtenção de heterociclos bioativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Fonseca, Marina Brandão da lattes
Orientador(a): Graebin, Cedric Stephan lattes
Banca de defesa: Graebin, Cedric Stephan, Santos, Claudio Eduardo Rodrigues dos, Wanderlind, Eduardo Hillmann, Marra, Roberta Katlen Fusco, Ferreira, Sabrina Baptista
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Instituto de Química
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20111
Resumo: Reações multicomponentes (RMCs) são um conjunto de reações qmm1cas que têm como conceito geral a obtenção de um único produto final, com alto grau de diversidade química, partindo de três ou mais reagentes. Diversas reações multicomponentes são conhecidas e dentre as principais tem-se a de Hantzsch e de Biginelli. A reação de Hantzsch foi desenvolvida originalmente para a síntese de diidropiridinas, entretanto, após modificações, elas também passaram a ser utilizadas para a síntese de acridinonas. A reação de Biginelli originalmente descreve a síntese de diidropirimidinonas, porém, com a mudança de reagentes, ela também pode ser realizada para a síntese de quinazolinonas. O presente trabalho mostra o uso das duas reações multicomponente para a síntese de uma diversificada gama de heterociclos. Ao todo, dezessete acridinonas e sete acridinodionas foram sintetizadas através da metodologia modificada da reação de Hantzsch, utilizando diversos reagentes ( demonstrando a versatilidade da reação) sendo oito delas inéditas na literatura e seis somente relatadas na literatura em trabalhos anteriores do grupo de pesquisa. A reação de Biginelli foi empregada na síntese de onze quinazolinonas, sendo duas inéditas na literatura, e quatro xantenodionas, confirmadas como subproduto da reação de Biginelli. Quinze acridinonas foram avaliadas frente a alvos relacionados a doença de Alzheimer ( colinesterases e atividade antioxidante), sendo que doze possuem inibição frente a AChE na faixa de 4-1 O µM; oito possuem atividades inibitórias na faixa de 0-5 µM para BChE; e apenas duas acridinonas apresentaram perfis de atividade antioxidante menores que o padrão Trolox®, enquanto a permeabilidade em barreira hematoencefálica foi satisfatória para oito acridinonas. As quinazolinonas foram avaliadas quanto a seu potencial citotóxico e a atividade tripanocida. Os resultados indicaram uma atividade tripanocida promissora para as quatro moléculas que contém o grupo 4-bromofenil, enquanto a atividade citotóxica não foi satisfatória. Sete acridinodionas e duas acridinonas foram avaliadas por métodos in silico quanto as suas potencial interação com a Tubulina, os resultados permitiram mapear as interações que ocorrem quando se utiliza a lausona como reagente da reação, além de demonstrar a modificação de posicionamento no sítio da Colchicina ao aumentar o tamanho da acridinonas. Contudo, o conjunto de resultados mostraram-se promissores do ponto de vista da química exploratória, obtendo-se trinta e nove moléculas através de reações multicomponentes. O uso de reações multicomponentes se mostrou um método rápido, efetivo e versátil como estratégia de síntese para novas moléculas bioativas, colaborando para trabalhos futuros.