Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Castro, Raphael Andrade de
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Orientador(a): |
Vanderlinde, Frederico Argollo
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14155
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Resumo: |
A inflamação é um processo fisiológico de resposta orgânica diante de lesão tissular ou infecção, gerando a dor como característica constante. Os compostos pirazólicos são drogas de origem sintética com um anel pirazolínico na sua estrutura química, com os quais diversos estudos demonstram a eficácia no controle da dor, da febre e da inflamação. A necessidade do desenvolvimento de novos fármacos com propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, de baixo custo e que apresentem poucas reações adversas, tem estimulado a síntese e o estudo das atividades farmacológicas dos compostos pirazólicos. Com esse objetivo, foi estudado o potencial antinociceptivo e anti-inflamatório do composto pirazólico 1,5-difenil-3-hidrazinopirazol(a) (DHP), administrado pela via oral, nos modelos farmacológicos das contorções abdominais pelo ácido acético, tail-flick, formalina, edema de orelha induzido pelo óleo de cróton e peritonite induzida pela carragenina em camundongos; e na alodinia mecânica (von Frey) e hiperalgesia térmica (Hargreaves) em ratos. A administração do DHP (1, 3 e 10mg/kg) diminuiu de maneira dose-dependente (41,3, 62,7 e 76%) o numero de contorções abdominais (ID50=1,3mg/kg). No teste de tail-flick, DHP (10mg/kg) não foi efetivo e a aplicação do controle positivo fentanil (200μg/kg, s.c.) ampliou a latência ao estímulo térmico em até 138%. Sem alterarem a 1ª fase de nocicepção (dor neurogênica) do teste da formalina, o DHP (10mg/kg) e o controle positivo indometacina (10mg/kg, p.o.) inibiram a reatividade na 2ª fase (dor inflamatória) em 40,9 e 48,7% respectivamente. Essa mesma dose do DHP reduziu em 54% o edema de orelha induzido pelo óleo de cróton, assim como o controle positivo dexametasona (2mg/kg, s.c.) em 55.3%. Também de forma dose-dependente o DHP (3, 10 e 30 mg/kg) inibiu em 11,8, 39 e 53,7% respectivamente, a migração de leucócitos no teste da peritonite induzida pela carragenina (ID50=22,9mg/kg). Na avaliação da alodinia mecânica o grupo incisado tratado com o DHP (GIDHP - 10mg/kg) apresentou significativas reversões da alodinia (RA) após uma hora da administração, com RA máxima na leitura de 12 horas (28,2%) na segunda etapa, mantendo-se na terceira etapa com RA de 26,9, 43,4 e 60,4% nos 7º, 10º e 14º dias de experimentação, comparados com o grupo incisado veículo (GIV). Na hiperalgesia térmica o GIDHP também produziu reversão da hiperalgesia (RH) uma hora após o tratamento, com RH máximo na leitura de 3 horas (68,9%) na segunda etapa, mantendo-se na terceira etapa com RH de 43,4, 32,1 e 64% nos 7º, 10º e 14º dias de experimentação, quando comparados ao GIV e obtendo valores semelhantes ao grupo não incisado veículo (GNIV) no 14º dia. No von Frey e no Hargreaves o GNIV apresentou leituras semelhantes nas três etapas do experimento. O DHP (10mg/kg) não alterou a atividade motora de camundongos no teste do rota-rod. Considerando que o composto DHP apresentou atividade antinociceptiva no teste das contorções, antiedematogênica no edema de orelha, inibiu a 2ª fase de nocicepção (dor inflamatória) do teste da formalina e a migração leucocitária, promovendo ainda reversão da hipernocicepção nos modelos de hiperalgesia térmica e alodinia mecânica; esses resultados indicam que a efetividade do DHP envolve a participação de mecanismos anti-inflamatórios e criam perspectivas favoráveis para sua futura utilização com esse objetivo terapêutico. |