Análise da restauração florestal espontânea a partir dos efeitos de nucleação da Guarea guidonia (L.) Sleumer na vertente atlântica da Serra do Mar, Piraí, RJ – Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Baylão Junior, Hiram Feijó lattes
Orientador(a): Valcarcel, Ricardo lattes
Banca de defesa: Silva, Eduardo Vinícius da, Resende, Alexander Silva, Sansevero, Jerônimo B. B., Garay, Irene Ester Gonzalez
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9345
Resumo: Desde o período colonial até os dias atuais o Brasil passou por diversos ciclos econômicos relacionados à extração de recursos naturais e à agropecuária. Como resultados dessa exploração surgiram passivos ambientais e ecossistemas fragilizados. A restauração de áreas perturbadas em regiões economicamente deprimidas demandam estratégias alternativas, que sejam de baixo custo e utilizem pouca de mão-de-obra, sendo o papel da Guarea guidonia (L.) Sleumer levantado e estudado como uma provável espécie facilitadora da restauração florestal espontânea de ecossistemas perturbados. O estudo foi dividido em três partes, a saber: Caracterização dos principais parâmetros físicos determinantes na sua distribuição espacial (Capitulo I); Caracterização da composição florística e estrutural sob sua copa dentro de fragmento florestal originado a partir de pastagens abandonadas (Capítulo II); e Quantificação da serrapilheira acumulada e da sua capacidade de retenção hídrica (Capítulo III). A área de estudos foi a microbacia (9,6 hectares) localizada na bacia hidrográfica do rio Cacaria, distrito de Vila Monumento, município de Piraí, sul do Estado do Rio de Janeiro. A microbacia foi dividida em função do seu histórico de uso em: área conservada (32 anos sem pecuária) e área perturbada (2 anos sem pecuária). As G. guidonia (CAP > 90 cm) foram consideradas unidades amostrais e agrupadas em três tratamentos T1 – vertente norte na área conservada; T2 – vertente norte na área perturbada; T3 – vertente sul na área perturbada. Os fatores que apresentaram maior influência na distribuição da G. guidonia na microbacia foram Elevação (100 – 120 m A.N.M.), Declividade (ondulada), Superfície de curvatura (côncava) e maior concentração da espécie em áreas com exposição para o norte. A maior oferta de atributos ambientais conferiram à T3 maior resiliência, favorecendo o desenvolvimento do remanescente florestal. Os valores referentes ao estoque e a capacidade de retenção hídrica da serrapilheira sobre o solo dos remanescentes florestais sugerem que a G. guidonia contribuiu junto com as espécies que cresceram sob sua copa a manutenção do estoque de serrapilheira e da umidade sobre o solo. Ao longo do seu desenvolvimento a G. guidonia contribuiu para modificação do micro-habitat de seu entorno, atuando como agente facilitador da restauração florestal