Educação do campo e memória coletiva - movimentos sociais na luta pela terra no município de Japeri/RJ
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13045 |
Resumo: | A investigação teve como objeto, o estudo dos movimentos de luta pela terra nas regiões de Rio d'Ouro e Santo Antônio, Japeri/RJ, entre os anos de 1940 e 1970, propondo-se estudar a relação entre esses movimentos sociais e seus possíveis impactos sobre as ações pedagógicas das escolas rurais ao longo do tempo. A problemática aventada foi: é possível perceber a presença da memória das lutas pela terra travadas em Rio d‟Ouro e Santo Antônio nas práticas escolares das escolas municipais dessas regiões? Propondo pensar a Educação do Campo como um instrumento viável de construção da memória coletiva, seus objetivos específicos foram: conhecer esses movimentos sociais; compreender e analisar a Educação do Campo como possibilidade de construção da memória, bem como conhecer e examinar as práticas político-pedagógicas desenvolvidas pelas escolas municipais rurais. Para alcançar o escopo pretendido, construiu-se o caminho fundamentado em três etapas: Movimentos Sociais na Luta pela Terra, Memória Coletiva e Educação do Campo. Pesquisa de caráter quantitativo, agregando elementos das pesquisas bibliodocumentais e desenvolvida, metodologicamente, na perspectiva da observação participante. Teoricamente dialogou com Paulo Freire e Antonio Gramsci no seu arcabouço geral. Como estratégias, utilizou-se a pesquisa bibliográfica; a análise documental; o uso de fontes orais - depoimentos; entrevistas estruturadas e semiestruturadas; visitas às escolas e a coleta e análise de dados estatísticos de instituições oficiais sobre a educação deste município. Com relação às lutas pela terra, a pesquisa apurou que houve diferentes direcionamentos que se adequaram às realidades de cada região. Em Rio d‟Ouro, pautado na criação de gado bovino, a investigação considerou que houve apossamento de diversas formas – posse, trocas, vendas - das terras por grupos heterogêneos de pessoas sem, contudo, caracterizar um movimento social. Em Santo Antônio, diferentemente, os camponeses se organizaram numa associação que serviu de apoio à luta pela posse da terra entre posseiros, grileiros e pretensos proprietários. No tocante às escolas municipais da região, foram detectadas dificuldades por parte dos gestores e docentes em entender e promover ações pedagógicas que remetam à memória da região e as lutas pela terra no período pesquisado. O estudo avaliou que as dificuldades foram provocadas, em parte, pelas mudanças ocorridas com a municipalização da Escola Estadual Rio d‟Ouro em 2012 que afetaram a Escola Municipal Santo Antônio e ocasionaram na chegada de profissionais sem vínculos com a região. Colaborou para esse contexto o „apagamento‟ da memória da comunidade local. |