Avaliação da virulência in vitro de isolados clínicos e ambientais de fungos dermatófitos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bonci, Mário Mendes lattes
Orientador(a): Baroni, Francisco de Assis lattes
Banca de defesa: Baroni, Francisco de Assis, Costa, Gisela Lara da, Campos, Sérgio Gaspar de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14089
Resumo: Os dermatófitos constituem grupo de fungos que requerem queratina para crescimento, colonizando a pele e anexos de animais e pessoas. Embora não sejam patógenos obrigatórios, Microsporum gypseum, M. canis e Trichophyton spp. relacionam-se a infecções em animais, causando classicamente lesões circulares na pele. Embora as dermatofitoses por dermatófitos geofílicos ocorram em menor grau, M. gypseum é a principal espécie envolvida e estes quadros devem ser considerados. Dentre os fatores que fazem com que os dermatófitos, tenham capacidade de infecção para animais, destacam-se enzimas como DNase, gelatinase, lipase, queratinase, elastase e colagenase, que foram avaliadas neste trabalho. O hábito dos animais domésticos permanecerem em contato íntimo com a terra, em quintais, vias públicas e parques, justifica o estudo de sua patogenicidade e a diferenciação do perfil enzimático de isolados clínicos e ambientais de dermatófitos, o que pode colaborar para estratégias de controle e prevenção da dermatofitose. Nossa pesquisa teve como objetivos o isolamento clínico e ambiental de fungos dermatófitos, avaliando a produção de DNase, lipase, gelatinase, queratinase, elastase e colagenase, enzimas relacionadas à virulência dos mesmos e a comparação da capacidade de produção dessas enzimas relacionadas à patogenicidade entre as cepas clínicas e ambientais. As cepas ambientais foram obtidas através da técnica descrita por Vanbreuseghem (1952), que emprega pelos estéreis de equinos misturados ao solo umedecido, sendo utilizadas amostras de solo oriundas de diferentes locais do Brasil. As amostras clínicas foram oriundas de pelos e crostas de animais enviadas ao Serviço de Diagnóstico Microbiológico Veterinário/UFRRJ e semeadas em meio Mycosel®. A avaliação enzimática dos dermatófitos foi feita por leituras de absorbância em espectrofotômetro (colagenase, elastase e queratinase), formação de halo de degradação em placas (DNase e lipase) e liquefação em tubos (gelatinase). Dentre os 30 isolados clínicos estão M. canis (11), M. gypseum (7), M. nanum (2), T. mentagrophytes (4) e Trichophyton sp. (6). e dentre os 30 isolados ambientais estão M. gypseum (25), M. nanum (1) e Trichophyton sp. (4). Não houve diferença significativa estatisticamente na produção de queratinase, elastase, lipase e gelatinase entre os grupos de isolados clínicos e ambientais, sendo a maior parte dos fungos produtora de todas estas enzimas. Houve diferença significativa estatisticamente entre os grupos na produção de colagenase e DNase, com destaque para a ausência de produção de DNase pela maioria dos isolados ambientais. Assim, conclui-se que os dermatófitos oriundos de amostras clínicas e do solo são capazes de produzir queratinase, elastase, colagenase, DNase, lipase e gelatinase, enzimas relacionas a diferentes etapas do processo da infecção dermatofítica em animais e pessoas.