Correlações canônicas e divergência genética em tipos especiais de arroz com base em características quantitativas e multicategóricas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Xavier, Mariana Caroline Guimarães lattes
Orientador(a): Menezes, Bruna Rafaela da Silva lattes
Banca de defesa: Menezes, Bruna Rafaela da Silva lattes, Moreira, Luiz Beja lattes, Silva, Verônica Brito da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20266
Resumo: O consumo de tipos especiais de arroz (Oryza sativa L.) no mercado brasileiro vem sendo fomentado devido ao crescente interesse por produtos diferenciados que atendam a públicos diversificados. Grãos com padrões especiais como o arroz vermelho, o cateto, o arbóreo, o japônico, os tipos aromáticos e o arroz preto aos poucos ganham espaço entre produtores e consumidores que ainda priorizam o tipo branco e polido. Na análise de correlações canônicas várias características morfoagrômicas são avaliadas simultaneamente, permitindo identificar as que possuem alta correlação, sendo de maior efeito direto em sentido favorável à seleção indireta. A estimativa da divergência genética é essencial para estudos que envolvem hibridações, pois permite a seleção de genitores que quando cruzados proporcionarão em seus híbridos maior efeito heterótico. Assim sendo, o presente estudo teve como objetivo a avaliação de características agronômicas para determinação da magnitude de associação e interdependência entre dois grupos de características e estimativa da divergência genética entre genótipos de tipos especiais de arroz. O experimento foi conduzido no Departamento de Fitotecnia, Instituto de Agronomia da UFRRJ, Seropédica-RJ. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram avaliados 17 genótipos, dos quais 5 de arroz branco e 12 de tipos especiais. As características morfoagronômicas avaliadas foram em um total de 25 variáveis entre descritores morfológicos e componentes da produção, sendo 19 consideradas quantitativas e 6 qualitativas. As médias foram comparadas pelo teste de Skott- Knott (P<0,05). Para a determinação das correlações canônicas foram utilizados dois grupos de variáveis, sendo o grupo I composto por quatro características morfológicas e o grupo II composto por quatro componentes da produção. As análises estatísticas foram realizadas utilizando os programas computacionais Genes. Houve diferenças significativas (P<0,01) entre os genótipos para as oito características avaliadas. O primeiro, segundo e terceiro pares apresentaram correlações canônicas significativas a 5% de probabilidade, demonstrando que esses grupos não são independentes. A seleção de genótipos superiores para produção pode basear-se na escolha de plantas com maior espessura da folha bandeira, maior altura e menor ângulo da folha bandeira. A matriz de dissimilaridade foi obtida utilizando a distância de Gower. Os genótipos foram agrupados pelo método de Otimização de Tocher e o método hierárquico UPGMA (Unweighted Pair-Group Method using Arithmetic Avarages). O dendrograma gerado estabeleceu nove grupos, sendo que dois grandes grupos juntos concentraram cerca de 47% dos genótipos. O método de agrupamento de Tocher dividiu os genótipos em oito grupos heteróticos, sendo que o maior agrupamento foi constituído por sete genótipos. A divergência observada entre os genótipos de arroz, através das análises multivariadas, demonstra que no presente estudo houve variabilidade genética.