Avaliação da eficácia do fluazuron e da ivermectina em diferentes protocolos terapêuticos no controle da infestação pelo ácaro Demodex canis Leydig, 1859 em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Souza, Clarissa Pimentel de lattes
Orientador(a): Scott, Fabio Barbour lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9656
Resumo: O ácaro Demodex canis é um habitante dos folículos pilosos, que quando se prolifera causa uma dermatopatia de cunho inflamatório denominada sarna demodécica. O diagnóstico é feito através da visualização do parasito sob microscopia óptica, especialmente através do exame parasitológico de raspado cutâneo, dos pêlos, ou exame histopatológico. Muitas drogas têm sido utilizadas no tratamento da sarna demodécica, mas demonstrando níveis de eficácia variados, ocorrência de efeitos colaterais que impossibilitam a conclusão da terapia ou empecilhos à adesão dos proprietários. O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia do fluazuron e da ivermectina em diferentes protocolos terapêuticos no controle da sarna demodécica canina. Foram avaliados 31 cães divididos em cinco grupos, os quatro primeiros com seis animais e o último com sete, positivos para o ácaro D. canis através do raspado cutâneo. Todos os cães foram tratados a cada 14 dias, durante 84 dias. No primeiro grupo foi utilizado fluazuron 2,5% pour on na dosagem de 20mg/kg, no segundo este fármaco também foi empregado, mas associado a ivermectina 0,5% pour on na dosagem de 0,6mg/kg e no terceiro, somente a ivermectina 0,5% pour on . Os cães do quarto e quinto grupos foram tratados com ivermectina 3,15% longa ação por via subcutânea nas dosagens de 0,6 e 1,5mg/kg, respectivamente. A avaliação e acompanhamento do tratamento foram feitos através dos exames parasitológicos de raspado cutâneo a cada 14 dias, da avaliação clínica, inclusive fotografando os cães para uma melhor comparação dos quadros lesionais e, do exame histopatológico ao final de cada protocolo terapêutico. A taxa de sucesso foi definida pela porcentagem de cães em cada grupo que apresentaram raspados negativos. A redução na contagem no número de ácaros alcançou níveis de eficácia de até 67,66; 88,99; 84, 29; 84,90 e 87,86%, nos grupos 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente. E as taxas de sucesso ao final do tratamento foram de 16,67% para o grupo 1 e 50% para os outros quatro. Pelo do teste de Wilcoxon a redução da infestação através do exame histopatológico antes e depois do tratamento não foi significativa para nenhum grupo. Clinicamente, não ocorreu remissão das lesões nos cães do primeiro grupo. Nos grupos 2 e 3, em cada um se observou 2 cães considerados curados clinicamente e 1 com melhora. Já nos grupos 4 e 5, evidenciou-se 4 e 5 animais curados, respectivamente e, também um com nítida melhora do quadro clínico. O fluazuron 2,5% pour on não demonstrou eficácia no tratamento da sarna demodécica canina. Já a ivermectina 0,5% pour on associada ao fluazuron ou como terapia única e, a ivermectina 3,15% por via subcutânea nas duas dosagens diferentes, foram eficazes na redução do número de ácaros ao final dos protocolos terapêuticos.