Respostas morfológicas, fisiológicas e bioquímicas de acessos de pinhão manso (Jatropha curcas L.) submetidos a estresse salino-sódico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Maicon Wandermaz dos lattes
Orientador(a): Rossiello, Roberto Oscar Pereyra
Banca de defesa: Rossiello, Roberto Oscar Pereyra, Zonta, Everaldo, França, Marcel Giovanni Costa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10674
Resumo: O pinhão manso (Jatropha curcas L.) é uma espécie arbustiva, oleaginosa da família Euphorbiaceae que vem merecendo muita atenção como fonte potencial de biodiesel, esta espécie é tolerante à seca, com potencial para ser cultivada em ambientes semiáridos sobre solos salino-sódico. Entretanto, para atingir este objetivo, é necessário o melhor entendimento das respostas morfológicas, fisiológicas e bioquímicas do pinhão manso perante essas condições climáticas adversas. Procurando dar uma contribuição nesse sentido, foram conduzidos, no Departamento de Solos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, uma série de experimentos curtos sob condições ambientais controladas. Os experimentos foram conduzidos em cultivo hidropônico usando a solução de Hoagland e Arnon à força iônica total, conforme determinado em testes preliminares. As condições experimentais foram as seguintes: o fotoperíodo foi de 12 horas, a irradiância fotossintética de 450 µmol m-2s-1, com temperatura do ar de 28/24 ºC para o período dia/noite. Após um período pré-experimental de cultivo em areia em condições de casa de vegetação, as plântulas de pinhão manso foram transferidas para potes de plástico na câmara de crescimento e os tratamentos de salinidade foram iniciados pela adição de NaCl à solução nutritiva basal. No primeiro ensaio o acesso 305 foi submetido a três níveis de NaCl: 0, 50, 150 mmol L-1, enquanto que no segundo e terceiro ensaio, os acessos 356 e 345 foram tratados com cinco níveis, 0, 50, 75, 100 e 150 mmol L-1, respectivamente. Foi utilizado um desenho experimental inteiramente casualizado com 4 repetições, ensaios 1 e 3 e com 5 repetições o ensaio 2. As plantas foram distribuídas ao acaso sobre as bancadas e suas posições foram mudadas diariamente. As plantas foram colhidas quinze dias após aplicação dos tratamentos, ocasião em que foram separadas, em lâmina foliar + pecíolo, caule e raízes e sua área foliar total foi medida usando análise de imagens. Em amostras foliares frescas foram determinados o teor relativo de água, os teores de clorofilas totais, açúcares solúveis, aminoácido livres e prolina. Em amostras secas foram determinados os teores de Na+, K+, Ca 2+ e Mg2+. Os acessos exibiram padrões diferenciados da resposta aos níveis crescentes de NaCl na solução nutritiva. Utilizando o rendimento relativo da matéria seca total como primeiro critério de avaliação, foi concluído que o acesso 356 foi mais sensível e o 305, o mais tolerante. O segundo critério de importância foi o teor foliar do íon Na+ e sua relação associada Na+/ K+. Em relação à acumulação de solutos orgânicos compatíveis, foi concluído que o aumento em sensibilidade ao NaCl esteve associado a uma acumulação crescente de aminoácido livres e prolina. Finalmente, o teor relativo de água e o conteúdo foliar de clorofila total podem servir apenas como indicadores complementares devido ao aumento da concentração de NaCl na solução nutritiva.