Avaliação de características de adaptabilidade de caprinos exóticos na Baixada Fluminense, Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Medeiros, Luís Fernando Dias lattes
Orientador(a): Rodrigues, Victor Cruz
Banca de defesa: Rodrigues, Victor Cruz, Modesto, Elisa Cristina, Araújo, Alexandre Herculano B. de, Gesualdi Júnior, Antônio, Veríssimo, Cecília José
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10271
Resumo: Objetivou-se neste estudo avaliar os parâmetros fisiológicos (temperatura retal - TR, superficial - TS, frequência respiratória - FR e cardíaca - FC), o gradiente térmico (gradiente entre a temperatura retal e a temperatura superficial e do gradiente entre a temperatura superficial e a temperatura ambiente) e os testes de tolerância ao calor de Rhoad ou de Ibéria, Benezra, Dowling quantificado pela fórmula de termorregulação de Ittner e Kelly, Rauschenbach e Yerokhin, Amakiri e Funcho e de Baccari Júnior, em caprinos de raças exóticas do tronco africano (Anglo-nubiana e Boer) e das raças do tronco europeu (Saanen e Parda Alpina), além dos mestiços oriundos dessas raças exóticas, criados em regime semi-intensivo. Todos os ensaios foram realizados sob as condições de clima tropical úmido, região Metropolitana do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, Estado do Rio de Janeiro. Em um dos ensaios, foi avaliado o crescimento e a taxa de mortalidade de cabritos mestiços de diferentes combinações genéticas. A diferença entre as médias da TR, TS, FR e FC entre as raças do tronco europeu (Saanen e Parda Alpina) em comparação as do tronco africano (Anglo-nubiana e Boer) notadamente no período da tarde, evidenciam que existem diferenças genéticas nas reações fisiológicas nos caprinos, durante a época quente e chuvosa, nos trópicos. As raças europeias revelaram no presente estudo, mais sensíveis ao estresse térmico. No estudo do gradiente térmico, os animais das raças Anglo-nubiana e Boer mostraram-se mais adaptados em comparação aos das raças Saanen e Parda Alpina menos adaptados, nas condições experimentais. No presente estudo, os caprinos do tronco europeu mostraram-se inferiores aos caprinos do tronco africano, quando foram submetidos aos testes de tolerância ao calor de Rhoad ou Prova de Ibéria, Benezra, Dowling, Rauschenbach e Yerokhin, Amakiri e Funcho e Baccari Júnior. A diferença na reação fisiológica entre os caprinos do tronco europeu e do tronco africano, mediante as referidas provas de adaptabilidade, evidencia que deve haver diferenças genéticas de atributos anatomofisiológicos que afetam a termorregulação dos animais. Nas condições da região Metropolitana do Rio de Janeiro, os animais podem sofrer situações críticas para o seu desenvolvimento. A incidência da radiação solar indireta e principalmente a direta, tanto pela manhã como no período da tarde, afetaram menos os caprinos das raças do tronco africano ou os mestiços com maior percentual de genes africanos do que os das raças do tronco europeu puros e os de alta mestiçagem, com maior percentual de genes europeus, que se revelaram no presente estudo mais sensíveis ao estresse térmico. A utilização das raças Anglo-nubiana e Boer em ensaio direto com o objetivo de incrementar a produtividade caprina no clima quente e úmido pode ser uma alternativa valiosa na região Metropolitana do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense.