Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Candido, Juliana Dumard Carracena
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Orientador(a): |
Oliveira, Renata Nunes
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Banca de defesa: |
Oliveira, Renata Nunes,
Oliveira, Paulo Jansen de,
Moreira, Ana Paula Duarte |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química
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Departamento: |
Instituto de Tecnologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13325
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Resumo: |
A diabetes é uma das doenças crônicas mais conhecidas, causadora de diversas complicações, incluindo a neuropatia, que está presente em cerca de metade dos pacientes diabéticos. A neuropatia diabética, por sua vez, afeta diversos nervos e pode levar ao desenvolvimento de úlceras, especialmente nos pés. O tratamento dessas úlceras é longo e doloroso, sendo necessário o uso de agentes antimicrobianos e curativos, que devem ser trocados frequentemente. Hidrogéis são alternativas aos curativos convencionais. Em especial, hidrogéis de alginato possuem diversas características necessárias a um curativo ideal, como sua habilidade de absorver fluidos, que pode contribuir para a diminuição da infecção bacteriana. Além disso, esses hidrogéis podem ser deixados em contato com as úlceras por um maior período de tempo, diminuindo a frequência de trocas e, consequentemente o sofrimento dos pacientes. Hidrogéis de alginato podem, ainda, ser carregados com fármacos para liberação controlada e para combate da infecção. O objetivo deste trabalho foi desenvolver hidrogéis de alginato com micropartículas, também de alginato, carregados com sulfato de neomicina ou própolis. Para isso, foi utilizado o método de casting para o preparo dos filmes e o método de extrusão para preparo das micropartículas. Nos dois métodos, foi utilizado cloreto de cálcio como agente reticulante. Ambos os filmes e micropartículas foram carregados com fármacos e diferentes quantidades de micropartículas (0, 25 e 50% em massa de polímero) foram adicionadas aos filmes, que foram posteriormente caracterizados. As partículas obtidas possuem diâmetro entre 13 e 1900 µm, tamanho ideal para a utilização em sistemas de liberação controlada e para carregar os filmes. Os filmes foram reticulados com Ca2+ e carregados com micropartículas, como observado nos resultados do MEV, DRX, TGA e FTIR. Além disso, a presença de neomicina ou própolis pôde ser observada nos espectros de FTIR das amostras. Todas as amostras apresentaram grau de intumescimento no equilíbrio superior a 100%, o que as torna boas candidatas para a fabricação de curativos absorventes. Todas as mostras são termicamente estáveis a temperatura corporal, característica apropriada para o uso como curativos. Entretanto, amostras carregadas com 50% de micropartículas possuem tensões de ruptura inferiores, que podem causar rupturas durante a aplicação ou retirada dos curativos. Todas as amostras agiram como barreira para penetração de microrganismos e podem contribuir para que não haja uma contaminação externa. Ambos os filmes carregados com neomicina ou própolis possuem propriedades que os tornam bons candidatos para o uso como curativos. Entretanto, o uso de antibióticos pode gerar reações indesejadas, que podem ser evitadas com o uso de produtos naturais, como a própolis, que possui propriedades anti-inflamatórias e bacteriostáticas. Foi realizada uma estimação de parâmetros, que pôde prever o comportamento da fração gel e perda de massa das amostras frente a variações na quantidade de micropartículas, o que permitiu confirmar os resultados obtidos pela análise ANOVA para comparação das formulações produzidas |